terça-feira, 23 abril 2024

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INIDA alerta para a importância da preservação do solo para garantir a sua sustentabilidade

A presidente do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA) considerou hoje o solo um “recurso muito importante para a sobrevivência humana”, indicando que a sua preservação e tratamento são essenciais para garantir a sua sustentabilidade.

Ângela Moreno fez estas declarações à imprensa, à margem do fórum global sobre a biodiversidade do solo promovido pelo Ministério da Agricultura e Ambiente, sob o lema “Mantenhamos o solo vivo protegendo a sua biodiversidade”, para assinalar o Dia Mundial do Solo celebrado anualmente a 05 de Dezembro.

O objectivo do evento, elucidou, visa sensibilizar sobre a importância do solo promovendo discussões entre os formuladores de decisões e produtores de alimentos e outros profissionais sobre soluções para proteger o solo e aumentar seu uso e gestão sustentável.

Esta responsável defendeu a necessidade de os agricultores terem a consciência sobre o valor que o solo tem, realçando que os mesmos devem ter em mente que um solo saudável é um solo protegido e que é cuidado de forma correcta.

“Os agricultores sabem que o solo é um recurso importante, mas é preciso ter a consciência que é realmente importante, e a consciência sobre a sua importância é cuidando de forma correcta, e protegendo-o. Porque por mais que tenhamos melhores variedades para o cultivo ou melhores técnicas de rega, se não tivermos um solo bem tratado não há produção”, advertiu.

A mesma fonte realçou ainda que mesmo que o espaço que o agricultor utiliza para cultivar os seus produtos seja pequeno, ele tem que ter a noção que está perante uma “relíquia”.

Segundo a presidente do INIDA, a sustentabilidade do solo passa essencialmente pela conservação da sua biodiversidade, salientando que a agricultura é tida como uma das causas do êxodo rural porque muitas pessoas abandonaram o mundo rural porque o solo foi desvalorizado e deixou de proporcionar produtos.

“Tem que evitar fazer queimadas porque com isso pode matar a sua biodiversidade, que são todos os bichinhos que existem no solo, que para nós não são nada, mas são úteis para o solo, tem de cuidar de todas as vidas existentes no solo. Por exemplo se pegar um pedaço do solo para fazer um estudo encontrará um ecossistema cheio de vida”, realçou.

Apontou ainda que os produtores têm de proteger o solo contra a erosão, apostar no sistema de rega gota-a-gota e devem evitar utilizar água salgada para a prática da agricultura porque, justificou, isso destrói os microrganismos que estão no solo que são importantes para as plantas.

“O solo é um companheiro vital do ser humano e tem que ser valorizado. Somos considerados a nível mundial e a nível da África um exemplo na conservação dos solos, hoje, temos o orgulho de ver que Cabo Verde é um país que tem uma boa protecção de solos, mas ainda falta muita coisa a ser feita”, sublinhou.

“Construímos muitas estradas, removemos várias montanhas, e houve muita mobilização de solos, então esses solos têm que ser tratados e protegidos”, acrescentou, destacando as acções do actual Governo, que encarou a questão do solo como um “grande desafio” para Cabo Verde, na protecção do solo, apontando a mobilização de água nas bacias como uma das apostas.

O Dia Mundial do Solo é celebrado anualmente a 5 de Dezembro. O seu objectivo visa sensibilizar para a importância deste recurso natural na vida terrestre, e que se encontra fortemente ameaçado com o aumento da população no mundo.

O Dia Mundial do Solo foi proclamado através da resolução 68/232, adoptada na Assembleia Geral das Nações Unidas a 20 de Dezembro de 2013. A data escolhida para o Dia Mundial do Solo refere-se ao nascimento oficial de Bhumibol Adulyadej, antigo rei da Tailândia, que impulsionou a criação deste dia.

Inforpress/Fim

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