O Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 31,7% por cento (%) no segundo trimestre de 2020 em relação aos termos homólogos, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o INE, a “brusca” queda da actividade económica reflectiu o impacto da pandemia da covid-19, que se fez sentir de forma mais intensa no trimestre referido, citando ainda que este resultado é explicado, em “larga” medida, pela queda acentuada das exportações, do consumo privado e do investimento.
Do lado da oferta, apontou o INE, o Valor Acrescentado Bruto (VAB), a preços de base, apresentou uma evolução homóloga negativa de 29,8%, destacando-se para o efeito as actividades dos transportes, alojamento e restauração.
Os impostos líquidos de subsídios apresentaram uma evolução homóloga de -43,1%.
No segundo trimestre de 2020, a mesma fonte realça que o PIB registou uma variação homóloga de 31,7%, em termos reais, taxa inferior em 37,6 pontos percentuais (p.p.) à verificada no primeiro trimestre de 2020, explicando que estes resultados “reflectem nitidamente os efeitos nefastos” da pandemia da covid-19 sobre a actividade económica em Cabo Verde.
“O consumo privado diminuiu 14,3%, em termos reais, no segundo trimestre de 2020, o que traduziu num decréscimo face à variação positiva de 4,1%, registada no trimestre anterior.
O consumo público apresentou uma taxa de variação homóloga positiva de 9,0%, em volume (-10,3% no trimestre anterior)”, indicou o INE.
Conforme a mesma fonte, o investimento registou uma variação homóloga negativa de 27,4% em volume, no trimestre supracitado, (43,4% no trimestre anterior).
Em relação às exportações de bens e serviços, em volume, assinalaram no segundo trimestre, uma variação homóloga negativa de 76,3% (-4,6% no trimestre anterior), mencionou, salientando que as importações de bens e serviços, em termos homólogos, diminuíram 35,8% neste trimestre.
Conforme o Instituto Nacional da Estatística, no acumulado dos dois primeiros trimestres (segundo semestre de 2020), a pandemia da covid-19 teve um impacto negativo na variação do PIB, com especial destaque nas actividades como comércio, transporte, alojamento e restauração e também dos impostos líquidos dos subsídios sobre os produtos.
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