sexta-feira, 26 abril 2024

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Extensão do quebra-mar, desassoreamento, unidade de produção gelo, iluminação são problemas do cais de pesca

A extensão do quebra-mar, desassoreamento, instalação de máquina de gelo, iluminação pública, abastecimento de água doce e arrastadouro para reparação de embarcações, são alguns dos problemas do cais de pesca que preocupam os pescadores e armadores foguenses.

Estas preocupações foram, de resto, colocadas ao ministro do Turismo e Transportes e ministro da Economia Marítima, José Gonçalves, que visitou na manhã de hoje o cais de pesca do porto de Vale dos Cavaleiros, em São Filipe, na ilha do Fogo.

Face a situação, os pescadores e armadores de pesca, qualificam a infra-estrutura como uma “armadilha” durante o período em que o mar está revoltado e pedem a intervenção, com destaque para a problemática do quebra-mar e desassoreamento para evitar mais perda de embarcações e materiais de pesca.

O governante fez saber que os problemas não eram de todo desconhecidos, anotando que cada vez que se estabelece contactos com as pessoas, pescadores e armadores, fica-se com a ideia mais realista e a saber que os problemas não estão a resolver também por não existir uma associação liderada pelos pescadores.

Para José Gonçalves, o cais de pesca representa um “grande investimento”, mas reconhece que ainda não é suficiente, no sentido produtivo, porque falta concluir o quebra-mar, e sem o qual, segundo ele, todo o investimento está limitado, com a infra-estrutura, a funcionar, na maior parte do tempo, como uma armadilha para as embarcações e para os próprios pescadores.

O ministro fez saber que há um donativo do Banco Africano do Desenvolvimento, de pouco mais de um milhão de dólares (cerca de 85 mil contos), e, com assistência técnica da FAO, está sendo realizado um estudo visando a preparação de um plano de investimento estratégico na área de economia azul, incluindo o sector das pescas e o meio ambiente marítimo, anotando que essa equipa vai fazer o levantamento no cais de pesca, não só para determinar as condições técnicas e físicas que deverão ser melhoradas, mas também o custo necessário.

Com relação ao assoreamento do cais de pesca, que antes tinha três metros e meio de profundidade e agora em algumas zonas tem pouco mais de um metro, José Gonçalves afirmou que um navio deve deslocar-se a ilha para dragagem de areia para resolver as necessidades das ilhas do Fogo e Brava, e que irá dialogar com a empresa para iniciar a dragagem no cais de pesca, onde há necessidade para criar melhores condições para as pescas.

Quanto a unidade de produção de gelo num porto com mais de 60 pescadores, a falta água e a própria iluminação, José Gonçalves prometeu dialogar com a Enapor, empresa responsável pelo porto, no sentido de disponibilizar água doce para lavagem dos materiais e garantir a iluminação, indicando que o secretário de Estado da Economia Marítima visitará a região no início de Agosto e vai realizar um trabalho mais a fundo para a resolução dos constrangimentos.

O ministro reconheceu que foram feitos “grandes investimentos” na infraestrutura, mas que falta o complemento, e, no quadro plano estratégico vão surgir ideias e onde há necessidades o Governo vai procurar investimentos para os concretizar.

Além dos problemas mencionados, a inexistência de condições para os pescadores guardarem as suas ferramentas, a existência de caixotes amontoados na área do cais de pesca que não dignificam a infra-estrutura, a necessidade de construção de abrigos para pescadores que utilizam este porto assim como de outras localidades que demandam o cais de pesca, são outras questões colocadas ao titular da pasta da Economia Marítima.

José Gonçalves admitiu que é possível fazer um pequeno arrastadouro para manutenção das embarcações de pesca, porque, segundo o mesmo, o porto é para embarcações de maior dimensão e não está direccionado para a realidade local, indicando que a falta de condições não tem permitido que o sector da pesca tenha evoluído favoravelmente a nível da ilha do Fogo.

Durante a visita, um dos operadores da pesca, que dispõe de um barco, fez saber ao ministro de que pretende investir em duas embarcações de fibra, de nove metros de cumprimento cada e com capacidade para deslocação até aos Ilhéus, uma das quais encontra-se pronta, mas que de momento não pretende coloca-las na ilha devido a falta de segurança no cais de pesca.

Além de visitar o cais de pesca, José Gonçalves que é também ministro do Turismo e Transportes, deslocou-se a Chã das Caldeiras onde visitou alguns empreendimentos turísticos e reuniu-se com operadores turísticos da ilha.

Com Inforpress

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