quinta-feira, 25 abril 2024

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Viveiros para produção de fruteiras para repovoar área consumida pelo incêndio depende da disponibilização do espaço – vereadora

A construção de dois viveiros, em Fontinha (Ponta Verde) e Monte Vaca/Ilhéu das Contendas para a produção de fruteiras para repovoar a área consumida pelo incêndio de Maio dependem da disponibilização de espaços.

A informação foi avançada pela vereadora da Câmara Municipal de São Filipe, responsável pelo sector do Desenvolvimento Rural, Lia Barbosa, no acto da disponibilização de um conjunto de oito espécies de plantas fruteiras a cerca de uma dezena de agricultores de Monte Vaca/Ilhéu das Contendas como forma de os ajudar a mitigar os prejuízos provocados pelo incêndio que destruiu de centenas de árvores de frutas e forrageiras.

“Tanto para Fontinha como para Monte Vaca/Ilhéu das Contendas, a câmara municipal já tem os projectos e orçamentos e neste momento aguardamos, apenas a cedência de espaços para construção dos viveiros”, disse a vereadora indicando que os mesmos não servirão apenas para a produção de plantas fruteiras para repovoamento das áreas atingidas pelo incêndio, mas também a produção de plantas ornamentais, criando assim empregos nas localidades.

O incêndio de 17 de Maio atingiu uma área de 105 hectares com plantas fruteiras e forrageiras, provocando avultados prejuízos para os agricultores e para o meio ambiente, sendo que, no total, serão beneficiados mais de 40 agricultores, em dez das comunidades de Monte Vaca/Ilhéu das Contendas e mais de 30 nas localidades de Boca Larga, Fontinha e Monte Fontinha (Ponta Verde). A entrega nessas localidades ficou adiada para a próxima segunda-feira.

Ao todo a autarquia de São Filipe adquiriu, em Monte Genebra, perto de duas mil plantas fruteiras (1.824) de mangueiras, videiras, limoeiros, goiabeiras, laranjeiras, cajueiros, papaeiras e maracujá, num investimento de cerca de 400 contos.

Lia Barbosa disse que a ideia inicial era adquirir 500 plantas de cada espécie, mas que devido à indisponibilidade das plantas não foi possível, pelo que, de algumas espécies destruídas pelo incêndio, como o cafeeiro, a câmara municipal não fez a distribuição porque não conseguiu adquirir plantas de cafeeiros.

A distribuição é feita em função do relatório do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) que indica as zonas mais afectadas, referiu a vereadora, sublinhando que a distribuição não é igualitária para todas as famílias, mas em função dos prejuízos e das áreas de produção, apontando como exemplo que em Monte Vaca/Ilhéu das Contendas foram priorizados os citrinos (limoeiro e laranjeira) e na zona de Fontinha será priorizada a espécie de mangueira que é a mais cultivada.

Além das plantas fruteiras a câmara municipal apoiou as pessoas que perderam as suas infra-estruturas de pecuária (currais) com materiais para a construção das mesmas, mas também outros trabalhos como estradas e vias de acesso que estão em curso neste momento.

Maria da Luz, uma das beneficiárias, confessou que, na sequência do incêndio, perdeu mais de duas dezenas de fruteiras, de entre adultos e jovens, e algumas em plena produção, sobretudo mangueiras, mostrou-se satisfeita com o gesto, prometendo plantas e que se não ela, serão outros membros da família a desfrutar delas.

Igualmente, José António, que além de plantas tinha sido contemplado com apoio da câmara municipal para o sector da pecuária, nomeadamente milho, ração e material para construção de curral, agradeceu todo o apoio recebido.

Recorde-se que o incêndio ocorrido a 17 de Maio em Ponta Verde consumiu uma área de 105 hectares de área florestal e agrícola, abrangendo as zonas de Fontinha, Monte Fontinha, Boca Larga (Ponta Verde) e Monte Vaca e Ilhéu das Contendas, afectando 374 fruteiras, assim como a perda de oito infra-estruturas (currais), destruição de 574 feixes de palha e morte de um animal (porco).

No sector agrícola o incêndio afectou 374 árvores de frutas, nomeadamente, mangueiras, pinhão, figueira, jambreira, citrinos, cafeeiros, bananeiras, goiabeiras, tamarindeira, cajueiro e amoreiras, sendo que a maioria das fruteiras afectadas eram adultas. Para além de várias espécies de plantas florestais tais como gravilha, acácia rubra, albizia lebbeck, entre outras.

O número de plantas disponibilizadas é cerca de seis vezes maior do que o número de fruteiras consumidas pelo incêndio.

Inforpress/Fim

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