Professor, Jornalista, Poeta e defensor das ideias democráticas
Nasceu no Fogo a 13 de Setembro de 1883 e faleceu no hospital da Praia a 31 de Outubro de 1942. Professor primário, Jornalista polémico e poeta brilhante, este intelectual e polígrafo foi pioneiro na libertação e elevou idioma de Cabo Verde a sua posição de linguístico folclore – dignificação da sua língua.
Embora grande parte da sua obra seja em língua portuguesa foi um dos mais devotados e lúcidos defensores da valorização do dialecto crioulo de Cabo Verde. Além da contribuição como criador, travou polémicas na imprensa local. Defensor de ideais democráticos, desfrutava de grande estima e prestigio no arquipélago.
Da geração de Eugénio Tavares, colaborou em vários jornais como a Mocidade Africana, e outras publicações locais, tendo sido fundador e proprietário do jornal Manduco, o primeiro jornal, fundado na década de 20 do século passado.
Tido como poeta/profeta nacionalista em 1921 publica “ODE A ÁFRICA” – converge atitude de carácter universal e denunciou a situação vivida no continente Africano. Originário de uma ilha de emigrantes, Cardoso sentiu no íntimo toda a tragédia da mudança. Autor de várias publicadas: Cabo-verdianos (1915), Jardim das Hespérides (1926), Duas Canções (1927), Primícias (1927), Algas e Corais (1928), Hespérides – fragmentos de um poema perdido em triste e miserando naufrágio (1930), Folclore Cabo-verdiano (1933), Sonetos e Redondilhas (1934), Lírios e Cravos (1951 – a titulo póstumo). Por Decreto Presidencial N.º 3/95, de 2 de Fevereiro, Pedro Monteiro Cardoso foi agraciado, a título póstumo, com o Segundo Grau da Ordem do Dragoeiro.