Cabo Verde submeteu à Unesco propostas para a classificação das ilhas do Maio e do Fogo como reservas da biosfera desta agência especializada das Nações Unidas, visando demonstrar o compromisso do País para com o desenvolvimento sustentável.
Esta informação foi revelada pelo Ministério da Agricultura, como forma de assinalar o Dia Mundial da Biodiversidade, que se celebra hoje, ressalvando que Cabo Verde conta com 6.332 espécies descritas dos quais 53% terrestres e 47% marinhas, divididas entre fungos e líquenes, plantas terrestres e marinhas e animais terrestres e marinhas.
Para celebrar a efeméride, o Governo voltou a manifestar o seu compromisso em continuar a salvaguardar o património ecológico e biodiversidade de Cabo Verde, enquanto membro da Convenção da Diversidade Biológica desde 1995, em defesa das suas “características intrínsecas” de pequeno de estado insular.
Na sua mensagem, o Ministério da Agricultura e Ambiente garante que, enquanto País arquipelágico e oceânico, Cabo Verde tem desenvolvido um conjunto de acções e medidas de políticas, tendo destacado a elaboração da Estratégia Nacional e Plano de Acção da Biodiversidade (2014-2030), a criação da Rede Nacional de Áreas Protegidas, o Plano Nacional de Conservação das Tartarugas Marinhas.
Enumerou, ainda, a legislação que estabelece o regime jurídico especial de protecção e conservação das tartarugas marinhas, entre outros instrumentos, convicto que as soluções para os desafios que o País atravessa estão na natureza.
Nesta óptica exortou a toda população cabo-verdiana que continue a trabalhar em prol da “preservação, conservação e valorização” dos recursos naturais e a procurar desenvolver sempre uma relação harmoniosa com a natureza.
Proclamada pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Biodiversidade, a celebração do dia 22 de Maio tem como objectivo aumentar a compreensão e sensibilização sobre questões relativas à biodiversidade.
O lema escolhido para este ano é “Our solutions are in nature” (As nossas soluções estão na Natureza), “enfatiza a esperança, solidariedade e importância de um trabalho conjunto em todos os níveis” na construção de um futuro, que esteja em harmonia com a natureza.
Deste modo, lê-se na nota, a “comunidade global é deste modo chamada a repensar a sua relação com a natureza”, pois, que não obstante todos os avanços tecnológicos, está-se completamente dependentes de ecossistemas saudáveis para alimentação, água, medicina, vestuário, energia, entre outros.
Assim, explicita a fonte, 2020 será um ano de reflexão, oportunidade e soluções, e o ano em que o mundo poderá enviar um forte sinal de que quer inverter a rápida tendência de perda da biodiversidade, em benefícios de todos e de todas as formas de vida no planeta.
Inforpress/Fim