quinta-feira, 21 novembro 2024

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Orçamento da 7ª edição do ‘Fogo Coffee Fest’ alocado ao Fundo Municipal de Emergência

O orçamento da 7ª edição do festival do café ‘Fogo Coffee Fest’, que devia acontecer de 14 a 18 de Abril, nos Mosteiros, foi alocado a Fundo Municipal de Emergência para apoiar as famílias vulneráveis do município.

“O festival foi cancelado e os recursos canalizados para o Fundo Municipal de Emergência”, disse o presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Carlos Fernandinho Teixeira, para quem a única forma de acudir as populações é com criação do plano de emergência municipal e desse fundo para poder ajudar a população.

Segundo o mesmo, a criação do fundo, com um orçamento inicial de dois mil contos, tem surtido efeitos, sublinhando que já recebeu muitas chamadas da diáspora e das ilhas a solidarizarem com a câmara e a manifestar disponibilidade para colaborar com recursos para alimentação do Fundo Municipal de Emergência.

Logo após a sua criação, a autarquia dos Mosteiros começou ainda no final de semana passada a distribuir vales-cheques nos valores de dois, quatro e seis mil escudos para “aliviar o sofrimento” de cerca de quatro centenas de famílias vulneráveis que não foram cobertas pelo programa de assistência alimentar do Governo, durante o período de isolamento profilático.

Depois de cancelar a edição deste ano do festival de café e de todas as actividades a curto prazo, em relação a festa do dia do município e da santa padroeira, Nossa Senhora da Ajuda, que acontece a 15 de Agosto, Carlos Fernandinho Teixeira disse que é preciso uma reflexão conjunta do colectivo camarário.

“Não sabemos qual é a dimensão da pandemia, até onde pode chegar”, referiu a mesma fonte, salientando que continuando desta forma o mais certo é que a festa tenha nova configuração, podendo realizar ou não, dependendo da situação.

Para Carlos Fernandinho Teixeira, as medidas do Governo têm sido assertivas em relação ao isolamento das ilhas, que por si só são isoladas, mas em relação a realização da festa este defendeu que não se deve tomar uma decisão precipitada e sem consultar o colectivo camarário.

“A pandemia de novo coronavírus (covid-19) alterou tudo em Cabo Verde, os projectos municipais e do governo e consequentemente as festas não podem fugir a esta realidade, pode ter e pode não ter”, afirmou.

Cabo Verde cumpre hoje 16 dias, de 20 previstos, de estado de emergência para conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais fechadas e todas as ligações interilhas e para o exterior suspensas.

O País regista até então dez casos confirmados, sendo um em São Vicente, três na cidade da Praia e seis na Boa Vista, entre os quais um óbito, um cidadão inglês de 62 anos, que se encontrava de férias na ilha.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 109 mil mortos e infectou quase 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infecção, quase 360 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 20.608 até hoje, e aquele que tem mais infectados, com mais de 530 mil casos confirmados.

O continente europeu, com quase 910 mil infectados e mais de 75 mil mortos, é o que regista o maior número de casos.

Inforpress/Fim

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