sábado, 23 novembro 2024

N Notícias

Perto de seis mil alunos previstos para os diferentes níveis de ensino no novo ano lectivo em São Filipe

Cerca de seis mil crianças, adolescentes e jovens, representando pouco mais de 28 por cento (%) da população do município de São Filipe (20687), vão frequentar os diferentes níveis de ensino no ano lectivo 2019/20.

A previsão para o ano lectivo, cujas aulas iniciam-se a 23 de Setembro, aponta para um total de 5.850 alunos, do pré-escolar ao ensino secundário, distribuídos, segundo a delegada do Ministério da Educação, Sofia Monteiro de Pina, 695 para o pré-escolar, 3.986 para educação básica obrigatória de primeiro ao oitavo anos, e 1.169 para o ensino secundário, do nono ao 12º anos, distribuídos pelas escolas secundarias Pedro Pires (Ponta Verde) e Teixeira de Sousa (São Filipe-cidade).

Já para educação básica de adultos a previsão é para quatro círculos de cultural, sendo um de primeira e de segunda fases e as restantes de terceira fase, com cerca de 40 alunos.

Em relação aos professores, para a educação básica obrigatória a previsão indica um total de 197 e para o ensino secundário 101 professores, enquanto para o pré-escolar, como a delegação do Ministério da Educação apenas faz acompanhamento e orientação pedagógica, não dispõe de número de monitores.

Este nível de ensino no município de São Filipe é assumido por oito entidades de entre instituições religiosas, Câmara Municipal, organização não governamental e privado.

Sofia Monteiro de Pina indica que nos casos de professores que solicitaram licenças sem vencimento, de outros que aposentaram assim como reconversão profissional e rescisão de contratos, num total de 12, as necessidades já foram encaminhadas para a direcção de Recursos Humanos dos serviços centrais do Ministério da Educação e há garantia de que todos os professores estarão disponíveis no inicio do ano lectivo no concelho.

Com relação às infra-estruturas educativas, a responsável garantiu que  não haverá problema e “ tudo está operacional para arranque do ano lectivo sem sobressaltos”.

Segundo a delegada, em termos de infra-estruturas o município de São Filipe dispõe de um dos melhores parques escolares a nível nacional, graças a parcerias da Câmara com a organização não-governamental Luxemburguês “Betebuerg Helleft”.

Além da reabilitação de quatro escolas, em Campanas de baixo, Patim, Santa Filomena e escola Central, no quadro da parceria prevê-se para final de Setembro ou inicio de Outubro a realização de uma formação em “metodologia de ensino da Língua Portuguesa e Matemática” destinada a 133 professores do primeiro ciclo do ensino básico, dos municípios de São Filipe e de Santa Catarina, além de um conjunto de mobiliário para as escolas reabilitadas, sendo 400 mesas bipessoais, 800 cadeiras e 30 secretarias, cadeiras e quadros.

A formação, com duração de uma semana, está sendo montada de forma que não haja a paralisação das aulas, sendo que na primeira semana participam os professores do primeiro e segundo anos e são compensados pelos do terceiro e quarto anos e depois inverte-se na mesma lógica.

A previsão aponta para a existência de seis turmas compostas, sobretudo nas zonas isoladas e com redução de número de alunos, devido à forte onda migratória, como em Campanas de Cima, por exemplo, e como a lei prevê turmas compostas quando uma turma tem menos de 20 alunos, estão delineadas seis turmas, sendo duas no agrupamento II de Patim e quatro no agrupamento III de Curral Grande.

Como maior desafio para o ano lectivo 2019/20, a delegada indica o combate ao abandono escolar e a criação e dinamização de associação de pais e encarregados de educação no sentido de trazer os pais e encarregados de educação para escolas, envolve-los em todos os projectos pedagógicos para estarem mais presentes e possam acompanhar mais de perto os seus educandos, trabalhando para subir a taxa de aproveitamento e reduzir a taxa de reprovação e de abandono escolar.

Para Sofia Monteiro de Pina, apesar de o município estar na linha da frente de abandono escolar, a questão deve ser analisada de outro ângulo porque muitos dos alunos deixam o sistema educativo cabo-verdiano devido a forte onda migratória, mas continuam os estudos lá fora e esta situação não é de todo o abandono escolar, indicando que também existem outros casos de absentismo e que se pretende combater.

No ano lectivo 2018/19, a taxa de aproveitamento no ensino básico obrigatório foi de 84.7 por cento (%), a reprovação de 10.3% e o abandono de 5% pelas razões atrás mencionadas.

Comparativamente com o ano anterior, no básico registou um aumento na taxa de aproveitamento, passando de 83.27 para 84.7, mas também um ligeiro aumento na taxa de reprovação, que passou de 9.94% para 10.28% e da taxa de abandono que subiu de 3.66% para 5%, isto porque também no ano lectivo 2018/19 registou um aumento de alunos no ensino básico em relação ao ano lectivo de 2017/18.

No secundário, de acordo com dados estatísticos, a taxa de aproveitamento, no último ano lectivo, foi 73.3%, a de reprovação de 10.3 % e a de abandono de 8.16%.

Comparando com o ano lectivo 2017/18, registou um aumento na taxa de aprovação superior a cinco pontos percentuais, passando de 68.9% para 73.3%, uma ligeira diminuição da taxa de reprovação, que passou de 18.88% para 18.3% e assim como a redução da taxa de abandono escolar que desceu de 12.98% para 8.16%.

Com relação a possível transferência dos serviços da delegação do Ministério da Educação para a escola central, que foi reabilitada, Sofia Monteiro de Pina disse que ainda não houve entrega oficial da escola central, observando que a obra de reabilitação era da responsabilidade da Câmara e aguarda-se a conclusão de alguns preliminares e assim que for entregue será analisado juntamente com o Ministério da educação e da equipa local qual a melhor solução.

Inforpress/Fim

Comments powered by CComment

Agenda/Eventos

No events

Diáspora

Crónicas

Carta do Leitor

Guia Turístico

Inquérito

Nothing found!

logo fogoportal white

Um espaço privilegiado de convívio, de diálogo, de divulgação de opiniões acerca de tudo o que tem a ver com a Ilha do Fogo; um canal de ligação e de “mata sodadi” de todos os foguenses espalhados pelo mundo fora e que se preocupam com o desenvolvimento do seu torrão natal. (Editorial)