A Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) vai realizar no ultimo trimestre deste ano uma avaliação do impacto da implementação do novo regulamento tarifário em fase da continuidade e reforço do fornecimento de água para agricultura.
O administrador/delegado da Águabrava, Rui Évora, disse que com a revisão do tarifário de serviços urbanos de abastecimento de água praticados pela empresa, é necessário conhecer o seu impacto sobre a estabilidade económica e financeira sobre a empresa, sem por em causa o fornecimento de água para agricultura.
A avaliação, que será feita por consultoria externa, vai ser discutida no conselho da administração ainda este ano já que o novo tarifário para o serviço de abastecimento de água começa a ser implementado no intervalo temporal 2020/22 para as ilhas do Fogo e Brava.
Para Rui Évora, os investimentos feitos e em curso no sector de produção e distribuição de água visam essencialmente o reforço de água para rega e a redução da própria tarifa e, daí, a continuidade de fornecimento de água para agricultura através da Águabrava não estar em causa.
A Agencia Reguladora Multissectorial da Economia (ARME), apesar de não regular a tarifa de água para agricultura, na proposta faz referencia de que a água para agricultura deve ser uniformizada e disponibilizada a um valor médio de 112 escudos/metro cúbico para evitar uma subsidiação directa da actividade pelos clientes de serviço de abastecimento de água para consumo humano da empresa, mas Rui Évora considera que deve continuar no valor actual.
O administrador/delegado da Águabrava indica que como não se pratica rega por alagamento a nível da ilha, o valor de água para agricultura e pecuária é de 70 escudos por metro cúbico, embora o preço ainda não estar uniformizado, já que nos Mosteiros, cuja água para rega é gerida pelo Ministério da Agricultura, é de 35 escudos/metro cúbico e na Brava, excepto nas parcelas nos centros urbanos, a água é disponibilizada de forma gratuita, por ser por fornecida por gravidade.
Há alguns meses que o abastecimento de água para agricultura “deixou de constituir um problema”, pese embora ainda o seu fornecimento aos agricultores e criadores ser feito de forma condicionada, referiu Rui Évora, indicando que é por este motivo que o contrato para fornecimento de água a novas parcelas continua suspenso.
Com a campanha de prospecção de água no subsolo e o equipamento de mais um furo na zona norte existe a possibilidade de fornecer mais água para agricultura e pecuária, tanto na zona norte como no sul da ilha, a partir do ultimo trimestre deste ano.
Inforpress/Fim