A Associação para captura e comercialização de pescado e equipamentos, Coopesca, reúne-se hoje, na cidade de São Filipe, em assembleia-geral extraordinária para eleição dos órgãos sociais para os próximos dois anos.
A convocação da assembleia-geral extraordinária veio na sequência da direcção da associação ter colocado o cargo à disposição, segundo Esmael Bruno Teixeira, que indica que a associação foi “politizada com influência da Câmara de São Filipe e outras instituições como o INDP” devido ao projecto no sector da pesca que está sendo implementado pela Associação de Solidariedade e Desenvolvimento (ASDE).
Segundo Esmael Bruno Teixeira, a associação Coopesca foi criada em 2004 funcionou de forma organizada, embora com algumas fragilidades porque os seus associados não pagam quotas, mas mesmo assim apoiou os pescadores.
“Nunca o Governo e nem a câmara apoiaram a associação e hoje devido ao apoio da ASDE querem politizar a Coopesca, com perseguição dos associados”, disse aquele responsável que apontou como exemplo a “convocação de alguns associados para comparecer no Instituto Marítimo Portuário sob ameaça de prisão”.
São essas situações que levou a direcção da Coopesca a colocar o cargo à disposição para que seja realizada assembleia-geral para eleição de novos órgãos sociais.
Além da escolha dos novos dirigentes da Coopesca, a assembleia-geral extraordinária servirá para a direcção cessante prestar informações das actividades realizadas pela associação no município de São Filipe e na ilha do Fogo, assim como os conflitos à volta da Coopesca e dos pescadores, e esclarecimento a respeito da funcionalidade e responsabilidade no cumprimento de deveres e direitos dos associados.
A prestação de contas correntes da Coopesca referente aos anos anteriores, tomada de posse dos novos membros eleitos e a passagem das pastas das documentações pela direcção cessante aos novos dirigentes são outros aspectos a serem analisados durante a assembleia-geral extraordinária da associação Coopesca.
Inforpress/Fim