O master plan das ilhas do Fogo e da Brava, socializados hoje, num workshop, identificou duas dezenas de projectos prioritários, cuja implementação traduzirá no desenvolvimento do sector de turismo.
De entre os 20 projectos identificados no master plan, cuja versão definitiva ainda não está concluída, destacam-se a requalificação e ampliação do aeródromo de São Filipe, a emergência de heliporto, a melhoria da acessibilidade entre as ilhas do Fogo e Brava, a requalificação dos portos de Furna (Brava) e Vale dos Cavaleiros (Fogo).
A construção de uma rede de infra-estruturas de lazer e básicas, a criação de centros interpretativo e de acolhimentos, rede de miradouros, actividades recreativas e de ecoturismo, melhoria do acesso à praia de Fonte Bila, fortalecimento dos núcleos de Nova Sintra (Brava), Mosteiros, Cova Figueira e São Filipe (Fogo) e conservação do Parque Natural do Fogo são outros projectos definidos como prioritários e que serão implementados no horizonte 2030, em função das necessidades e dos recursos.
O ministro do Turismo, José Gonçalves, que presidiu ao acto de socialização do plano, disse que este é um importante passo naquilo que é o ordenamento turístico das ilhas do Fogo e da Brava para potenciar todas as grandes valências, quer culturais quer naturais e gastronómicas que as duas ilhas têm.
O coordenador e especialista em planeamento turístico Pedro Lira disse que o documento monstra como estruturar o turismo, assim como as acções e projectos a serem implementados até 2030 nas duas ilhas, buscando fortalecer o que ali que já existe, como os circuitos existentes e a criação de novos circuitos e produtos.
O turismo existe, disse, e é mais forte na ilha do Fogo do que na Brava, por questões do transporte, e tem muito potencial de melhoria em termos de aumento de visitantes, mas de permanência por mais tempo, assim como de acções que aumenta a atractividade e tempo de estada nas duas ilhas.
Segundo uma projecção mais optimista do master plan, que aponta para um crescimento na ordem dos 13 por cento (%), em 2020 a previsão é para a ilha do Fogo receber uma média de 15.330 turistas/ano e em 2030, cerca de 54 mil (53.655), enquanto a previsão para a ilha Brava, resolvendo o problema de transporte, para 2020 deverá receber 1.593 turistas e em 2030 um total de 13.673 turistas, um crescimento na ordem de 18%
O presidente da Câmara de São Filipe, Jorge Nogueira, disse que existe um conjunto de boas iniciativas e que as ideias avançadas pelas autoridades e pessoas ligadas ao sector estão reflectidas no draft apresentado, observando que de uma forma geral “o documento espelha a vontade das autoridades e dos actores ligados ao turismo” e as duas ilhas podem ter um melhor instrumento possível.
O autarca, no entanto, considera que ter, em 2030, apenas cerca de 54 mil (53.655) turistas a visitar a ilha do Fogo seria decepcionante.
Inforpress/Fim