O local onde a viatura ficou imobilizada além da altura é cheio de basalto o que terá provocado traumatismo nos ocupantes, sendo um dos ocupantes, um adolescente de 16 anos, que tem menos ferimento, terá pulado da viatura antes de cair no precipício.
A viatura e os ocupantes são de Chã das Caldeiras e fazem parte das famílias que beneficiaram de parcelas irrigadas na zona de Monte Genebra.
O director do hospital regional São Francisco de Assis, Evandro Monteiro, que liderou a equipa de emergência que se deslocou ao local, disse que após receber a comunicação do acidente, “rapidamente a equipa de emergência do hospital deslocou-se com ambulâncias, juntamente com elementos do Serviço de Protecção Civil, Câmara Municipal, Polícia Nacional” para prestar cuidados necessários.
Este descreveu a situação como “terrível” tendo registado no local dois óbitos, “um no local do acidente e outro durante o percurso”, indicando que quando a equipa chegou ao local a segunda vítima e que viria a falecer no trajecto “estava praticamente com morte cerebral devido a traumatismo”.
Além dos dois mortos, Evandro Monteiro observou que há outros dois feridos graves, sendo um de maior gravidade com traumatismo craniano-encefálico “muito grave e em coma profundo” e outro com traumatismo craniano leve a moderado associado a uma fratura provável a nível do membro superior esquerdo.
Há ainda outros dois feridos mais estáveis, sendo um deles com traumatismo craniano encefálico, mas, segundo o mesmo, “está consciente e sob terapia médica” e um outro sem grandes alterações neste momento, sendo que todos estão sob cuidados médicos.
Questionado se alguns deles vão ser transferidos para o hospital central da Praia, o director do São Francisco de Assis disse que “seguramente, porque há fracturas de fórum orto-traumatológico e que um deles precisa de uma abordagem de neurocirurgia, dependendo da evolução nas próximas 12 horas, que é muito importante dada a situação muito delicada do mesmo”, já que se encontra em coma profundo, mas com parâmetros estáveis.
Em relação ao outro ferido grave, Evandro Monteiro indicou que perante a gravidade da lesão, mas também pelas manifestações e pelos dados clínicos obtidos, mas dependendo da evolução e da avaliação a definir pela equipa médica local terá necessidade de uma abordagem maxilo-facial e por isso deve ser transferido para o hospital Agostinho Neto.
Para o director do hospital, a causa da morte das duas pessoas, ambas de sexo masculino com idade na casa dos 20 a 30 e poucos anos, foi traumatismo, indicando que pela forma como a viatura se encontra e, tendo em conta as lesões que tinham as vítimas mortais, dá para perceber que a causa da morte foi traumatismo crânio-encefálico associado a toda outra problemática.
O director do hospital indica que as próximas 12 horas são “fundamentais” e os feridos vão continuar sob cuidados médicos porque são pacientes com traumatismo e precisam de cuidados porque podem ter complicações advenientes de traumas.
Nos últimos dois meses morreram cinco pessoas na ilha do Fogo, vítimas de acidente de viação. Em 14 de Maio um acidente ocorrido na zona de Espigão tinha provocado dois mortos e em 22 de Maio uma colisão entre uma carrinha e um moto provocou um morto.
A causa do acidente não foi avançada pelas autoridades policiais, mas o excesso de velocidade não foi descartado.
Inforpress/Fim