quarta-feira, 24 abril 2024

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Campanha de vinificação inicia-se a partir da segunda semana de Julho – produtores

A campanha de vinificação 2019 inicia-se a partir da segunda semana de Julho, segundo informação adiantada pelos responsáveis das adegas das marcas Chã e Sodade.

O responsável da adega Chã e técnico na área vitícola, David Gomes Monteiro, apontou a segunda semana de Julho para o arranque da vinificação, e por isso tem agendado uma deslocação aos campos para ver o estado da produção, a maturação da uva e se a graduação de açúcar se encontra no patamar ideal para depois marcar o dia do inicio da vinificação, estando a adega “organizada e preparada” para a campanha.

Quanto à produção, este indicou que ainda não visitou as parcelas vitícolas dos produtores associados da adega Chã, o que fará ainda esta semana, e só depois fará uma previsão realística, mas pelas informações recolhidas junto de produtores, como os de Penedo Rachado, a previsão é para uma baixa na produção comparativamente ao ano de 2018.

“Há lugares em que a produção é quase nula, devido a falta de chuvas registada nos dois últimos anos consecutivos”, sublinhou.

“Ainda não podemos dizer com certeza se a produção será menor do que o ano passado porque ainda deslocamos aos campos, mas tudo indica que seja mais fraca que 2018”, reforçou.

Eduíno Lopes, produtor ligado a adega Sodade, por seu lado, considerou que a perspectiva é para uma produção melhor do que no ano transacto, sobretudo de videiras, com destaque para a uva branca, mas quanto à produção das demais fruteiras o cenário “é pior” do que o ano transacto.

Disse ainda que a campanha de vinificação vai iniciar na segunda quinzena de Julho, cerca de uma semana depois da adega Chã.

Com relação a nova adega prometida, Eduíno Lopes disse que apesar das promessas ainda não foi construída e nem há informação para quando, observando que a nova adega, até esta, “é só brincadeira e não há nenhuma informação”.

Sobre esta matéria, o responsável da adega Chã converge com a posição da adega Sodade, afirmando que os produtores continuam a aguardar pela construção da nova adega, mas que ainda não há nenhuma informação sobre o arranque das obras, quando, “num cenário normal e pelas promessas feitas”, a infra-estrutura devia entrar em funcionamento em 2018, há pelo menos um ano, e está-se a meio de 2019 e ainda “não há nenhuma informação.

Para Eduíno Lopes, a nova estrada construída e cuja inauguração deve acontecer a 12 de Julho, devia criar acessos para terrenos agrícolas o que não foi previamente projectado, ficando com duas estradas, que no caso dele cortou o terreno agrícola ao meio e com perda de várias plantas de videira.

“Ao menos podiam criar acesso, permitindo a plantação do espaço na antiga estrada”, disse Eduíno Lopes, para quem se trata de “uma estrada para turistas e para quem vai directo à Portela, e não para os agricultores”, sublinhando que “ninguém está contente porque ela só beneficia turistas e não serve os agricultores”.

Sobre esta questão,  David Gomes Monteiro apontou que na estrada Cova Tina/Portela o problema é menor porque a estrada calcetada tem pequenos ramais que permite o desvio para as parcelas agrícolas e que o problema está mais ou menos resolvido.

A preocupação maior, segundo o mesmo, prende-se com a estrada em construção entre Monte Velha a Campanas de Cima já que o acesso às parcelas vitícolas na área de Montinho encontra-se bloqueado.

Segundo o mesmo os produtores vão encetar diálogo com a empresa responsável pela construção da estrada no sentido de equacionar o problema, porque, explicou, tem grandes agricultores nesta área e com terreno de vinha e o acesso não está disponível neste momento.

Assim, os produtores vão propor à empresa construtora a liberalização do caminho durante a colheita, devendo para tal a empresa concentrar os trabalhos mais à frente, porque caso contrário pode provocar um “grande prejuízo” para os viticultores que não tem como transportar a produção de Montinho e áreas adjacentes que, segundo David Gomes Monteiro, representa entre 45 a 50 por cento (%) do terreno vitícola de sequeiro da ilha.

O ano de 2014 foi o de maior produção em que a adega de Chã transformou mais de 200 toneladas de uva em vinho.

Inforpress/Fim

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