O projecto de electrificação da localidade de Chã das Caldeiras – a única do município de Santa Catarina, que não dispõe de energia eléctrica -, com energias renováveis é apresentado hoje em São Filipe pelos seus promotores.
O projecto intitulado “Mini – Grid para Chã das Caldeiras”, cuja implementação está calendarizado para meados de Julho próximo, é da autoria de AGROCOOPCHA e PAC (programa de acção comunitário), constituído por quatro jovens foguenses radicados ou que viviam nos Estados Unidos da América, designadamente Domingos Tavares, Luisandro Gonçalves, Pedro Ramos e Jorge Andrade Nogueira, e a apresentação estará a cargo deste último que se encontra há alguns dias na ilha.
Para os promotores, trata-se de um projecto com características únicas e que vai ter um impacto enorme na vida da população residente em Chã das Caldeiras, razão por que a autarquia de Santa Catarina foi envolvida desde o início na iniciativa.
Este projecto surgiu dentro dos objectivos SE4All (Energia Sustentável para todos) África Hub, implementado no Programa de Desenvolvimento do Mercado GMG (GMG MDP) para facilitar a criação de um movimento GMG e possibilitar um ambiente de sustentabilidade em toda a África.
O grupo AGROCOOPCHA – PAC, constituído pelos quatro jovens, está registado nos Estados Unidos da América, e tem como objectivo fornecer energia e a sua distribuição para um total de 200 casas e 11 estruturas como escolas, restaurantes, unidades de produção local, estruturas sociais e também estabelecer uma tarifa social de mil escudos mensais para as famílias mais necessitadas, num total de 80 das 200 casas, contemplando pouco mais de 230 pessoas.
O projecto de electrificação de Chã será híbrido e vai combinar a produção SOLAR PV (24 kw), mais o Sistema de armazenamento de Energia (75 kwh) e mais Gerador de 16 kw, e todo o desenho do sistema foi elaborado pelo grupo Alemão, INENSUS, especialistas em Sistemas Mini – Grids, em parceria com a gigante norte americana, SUNPOWER, sendo que mais de 80 por cento (%) da energia será produzida através de fontes renováveis.
O Project Development para o EPC (Engineering, Procurement e Contract) custou cerca de três mil contos e todo o custo de implementação está avaliado à volta dos 24 mil contos cabo-verdianos, e todas as despesas da elaboração dos projectos, viagens e toda a sua implementação ocorrem da completa responsabilidade da parceria AGROCOOPCHA – PAC.
A apresentação acontece na tarde de hoje na sala “António Mascarenhas Monteiro” do auditório Padre Pio Gottin, e além deste projecto específico para Chã os promotores apresentam também um outro projecto para electrificação em São Filipe com recurso a energias renováveis.
Inforpress/Fim