Um Diablotin, uma espécie de ave marinha que reproduz no Caribe, foi identificado e fotografado pela equipa do Projecto Vito durante uma sessão de “Chumming”, realizado no mar entre a ilha do Fogo e o Ilhéu de Cima.
Chumming é uma actividade que consiste em triturar peixe fresco, congelar e colocar depois o bloco de peixe no meio do mar para atrair aves marinhas, de modo a permitir a visualização das aves que estão perto desta área, conhecer e estudar a sua população e em que épocas passam as aves que não existem pelo país.
O Petrel preto-tampado diablotin (em português), segundo o especialista e professor de Zoologia da Universidade de Barcelona, Jacob Salvatore Gonzalez, é a primeira vez que foi identificado na região de Sotavento, observando que esta espécie já tinha sido avistada em 2017 no mar perto da ilha de São Nicolau e na ilha de Santo Antão (terra) em 2016 e 2018, suspeitando que talvez esta espécie esteja a melhorar naquela ilha.
Se for confirmado esta possibilidade, afirmou, seria uma “grande notícia” para a conservação desta espécie, que está catalogada como “criticamente em perigo globalmente” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
Além do Diablotin, durante a sessão de chumming, a primeira realizada neste espaço, foram observadas muitas aves marinhas, nomeadamente Cagarras e Pedreiros, segundo aquele especialista, reforçando a ideia de que o desenvolvimento da actividade de “chumming”, uma pratica de atrair os animais, neste caso concreto as aves marinhas, poderá representar um valor acrescentando ao sector do turismo e trazer mais turistas para o país.
Um dos objectivos do projecto de conservação das aves marinhas está explorando é a possibilidade de usar o chumming e explorá-lo para o turismo, e com as fotografias feita no mar, há evidências de que ele está elevando em Cabo Verde, e a possibilidade de avistar este pássaro em águas de Cabo Verde levanta grandes expectativas entre os observadores de aves.
Inforpress/Fim