A cultura do café e o seu valor económico na actualidade é tema de uma conferência que se realiza no quadro da programação da VI edição do festival do café, “Fogo Coffee Fest”, promovida pela câmara dos Mosteiros.
A conferência realiza-se no primeiro dia do festival, que decorre entre os dias 12 e 14, na cidade de Igreja, nos Mosteiros, coincidindo, assim, pela primeira, com a celebração do dia internacional do café, que se celebra no dia 14.
Além do tema geral, “Cultura do café e o seu valor económico na actualidade”, durante a conferência serão debatidos outros painéis como “A evolução da cafeicultura em Cabo Verde”, a cargo do professor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), José Maria Semedo, “A museologia do café – uma experiencia do Centro da Ciência do Café de Portugal” e “O estado da arte do café do Fogo: desafios e sustentabilidade”.
Além da conferência, a sexta edição do festival do café inicia-se com um desfile folclórico do grupo Surpresa, com a temática do café, abertura da feira de agro negócio e artes, e música ao vivo com grupos locais.
A segunda edição da corrida do café, concursos diversos sobre o café, para a selecção de melhor poesia, melhor bolo de café e melhor café, dança e teatro relacionados com o café fazem parte do programa, sendo que o destaque para este ano é a actuação do grupo musical “Passadinha” integrado pelo trio foguense Júlio Correia, Braz Andrade e Amadeu Fontes, e do violinista da ilha Nho Nani.
Aquando da sua visita a Portugal, na segunda quinzena de Fevereiro, o presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Carlos Fernandinho Teixeira, deslocou-se ao Centro de Ciência do Café de Campo Maior (Portugal) tendo solicitado ajuda para a montagem e organização do museu do café do Fogo, e, é nesta base, que estará no festival uma equipa técnica daquele centro.
Naquela ocasião, ficou prometido o envio, aos Mosteiros, de dois técnicos espanhóis que estão ao serviço do Centro de Ciência do Café de Campo Maior para se inteirarem do espaço, recolha dos dados e ajudar o município a fazer a montagem e organização do museu, além de participar no festival.
O museu de café é um projecto do município dos Mosteiros que vem arrastando há vários anos e que, na governação anterior, esteve na lista de projectos do Ministério da Cultura, mas com a mudança de governo deixou de constar na lista de projectos do actual Ministério da Cultura e das Industrias Criativas, segundo Carlos Fernandinho Teixeira.
Para o sexto festival do café do Fogo, “Fogo Coffee Fest”, e à semelhança dos anos anteriores, a autarquia mosteirense convidou as câmaras municipais com as quais tem acordo de geminação e de cooperação descentralizada e as instituições locais com ligação ao sector do café.
A realização do festival do café do Fogo constitui uma oportunidade para reunir produtores, proprietários, empresários, dirigentes políticos, especialistas, empresas e operários do sector para “momentos de partilha e de contactos”.
O festival coincide com a fase final da colheita, mas este ano a produção foi considerada “a pior de sempre” pelos produtores e guardas das propriedades de cafezal e é “de longe inferior” à colheita de 2018, que também foi considerado de um ano de “má produção”.
Para alguns produtores, a produção “é péssima” e poderá situar a volta de 50 por cento (%) da produção de 2018, que foi um mau ano em colheita de café.
Inforpress/Fim