domingo, 24 novembro 2024

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PDCC prevê a construção de duas praças para concentração de pessoas em caso de erupção para evacuação em 25 minutos

O Plano Detalhado de Chã das Caldeiras (PDCC), em fase de implementação, prevê a construção de duas praças para concentração de pessoas em caso de erupção vulcânica, de modo que possam ser retiradas em segurança num intervalo de 25 minutos.

A informação foi avançada sábado pelo arquitecto Leão Lopes, do Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura do Mindelo (M_EIA) que desde o ano passado dispõe de um gabinete de apoio ao Plano Detalhado de Chã das Caldeiras, durante uma curta visita do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e do Mayor de Boston, Martin Walsh.

“O Plano Detalhado de Chã das Caldeiras foi desenhado com muito rigor em termos urbanístico, para em caso de uma nova erupção, se possa tirar a população toda num espaço muito curto de tempo. Concebemos duas praças públicas para as duas aldeias, Portela e Bangaeira, para ajuntamento de pessoas em caso de erupção, para num período de 25 minutos se faça a evacuação das pessoas”, disse Leão Lopes, indicando que o projecto está pronto e vai ao concurso público brevemente.

O gabinete de apoio a PDCC, explica, tem a responsabilidade de apoiar o assentamento dessas famílias e construir os equipamentos sociais necessários, e as prioridades são escolas, centro de saúde, centro administrativo, igrejas e equipamentos turísticos, sendo que a organização urbanística e criação de um novo assentamento ocupa uma área de 60 hectares e com duas aldeias, Portela e Bangaeira.

Leão Lopes disse que o Governo, como estratégia, decidiu ainda antes da parte urbanística e das redes viárias, começar a construir o parque escolar que está em fase avançada.

O M_EIA, explicou o responsável, é uma instituição universitária com um departamento de arquitectura e construção civil sustentável e está a aplicar em Chã das Caldeiras todos os seus conhecimentos técnicos e científicos adequados a uma zona como Chã.

Para Leão Lopes, o M_EIA, de ponto de vista académico, considera que o vulcão ofereceu uma grande oportunidade de intervir.

“O vulcão não arrasou a vida dessas comunidades, propôs e desafiou as pessoas a retomarem a vida nesta comunidade e a nossa universidade está privilegiada porque está experimentar, pela primeira vez, um desafio técnico-científico”, disse Leão Lopes, observando que as construções têm como base os materiais e as tecnologias locais, aproveitam toda o potencial do vulcão, desde as cinzas vulcânicas, as pedras, as lavas e há exemplo a ser construído com esta tecnologia e esses materiais.

Segundo Leão Lopes, além das novas construções, vão ser utilizados esses materiais e recursos tecnológicos para fazer integração paisagística de todas as habitações que estão emergindo sem esta tecnologia ou pouca adaptada a esta paisagem.

Com Inforpress

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