Os parques fotovoltaicos para produção de energia solar para alimentar sistema de elevação de água nas estações elevatórias de Patim e Nossa Senhora do Socorro estão em fase de instalação e devem ficar prontos em meados de Abril.
Os trabalhos a cargo de uma empresa contratada iniciaram há uma semana, segundo o administrador/delegado da empresa intermunicipal de águas, Águabrava, José Rodrigues, indicando que está para breve o arranque dos trabalhos para instalação do parque de São Pedro.
A instalação dos três parques fotovoltaicos representa um investimento na ordem dos 50 mil contos e o objectivo é reduzir os gastos da empresa com o consumo de energia convencional.
O parque de Nossa Senhora do Socorro tem capacidade para produzir 48 kwats e o de Patim, que apenas faz a elevação de água do reservatório desta localidade até Monte Grande, tem capacidade para 28 kwats, assim como o de São Pedro a ser instalado nos próximos dias.
Depois da instalação dos parques de Santo António, Alvito, Monte Genebra e Benecha (próximo do aeródromo de São Filipe), a empresa, através do projecto de produção de energias renováveis, financiado no quadro da Cooperação Luxemburguesa, vai dispor a partir de Abril de mais três parques de produção de energia para o funcionamento das estações elevatórias de Patim e Nossa Senhora do Socorro (sul) e São Pedro (norte).
Segundo o administrador/delegado da Águabrava, com a instalação dos três parques, as duas maiores estações e que consomem maior fatia das despesas com energia convencional, Nossa Senhora do Socorro (em curso), média de dois mil contos/mês, e Monte Genebra (concluído e em funcionamento), 1600 contos/mês, passam a funcionar com energias renováveis e permitindo assim a empresa poupar centenas de contos.
Neste momento a empresa tem a funcionar quatro parques sendo um na estação de Santo António, outro em Alvito (circuito norte), Monte Genebra (circuito sul) e Benecha (arredores da cidade) e a Águabrava já começou a sentir os efeitos na redução das despesas com o consumo de energia convencional.
A perspectiva da Águabrava é, no horizonte de quatro anos, quando o projecto estiver concluído e com todas as estações elevatórias a funcionar em parte com recurso à energia renovável, reduzir o custo de energia convencional em mais de cinco mil contos/mês, passando dos mais de sete mil contos para 2.100 contos, já que a instalação do sistema permite à Águabrava uma capacidade de funcionamento de 70 por cento (%), utilizando apenas 30% das suas necessidades com energia convencional.
Com a conclusão do projecto, a empresa terá margens para manter ou mesmo diminuir a tarifa de água praticada nas ilhas do Fogo e da Brava.
Inforpress/Fim