Os mais de 60 chefes de família do município dos Mosteiros, cuja sobrevivência depende da exploração de inertes, vão continuar a fazer a extracção na zona de Baleia, propriedade do Estado de Cabo Verde.
O Governo concessionou sem concurso público a exploração de inertes na Baleia, extremo sul do município dos Mosteiros, na fronteira com o de Santa Catarina do Fogo, a um único operador privado e que terá dado ultimato aos trabalhadores para abandonarem o local para poder iniciara exploração.
Contudo, o presidente da Câmara Municipal dos Mosteiros, Carlos Fernandinho, disse à Inforpress que a autarquia está a “tentar articular” com o Governo para encontrar uma saída, que passará pela manutenção dessas pessoas no trabalho de extracção.
Segundo a mesma fonte, houve “um mal-entendido” e a câmara está a dialogar com as autoridades governamentais no sentido de anular a decisão de conceder a exploração a uma única entidade, tendo inclusive analisado esta questão com o director nacional do Ambiente.
Carlos Fernandinho indicou que a concessão da exploração a uma única entidade poderá provocar “uma convulsão social” nos Mosteiros, situação que pretende evitar com a articulação que está a fazer com as autoridades, de modo a garantir a continuidade desses trabalhadores.
São mais de 60 pessoas (chefes de família), avançou o autarca, que trabalham na exploração de inertes na zona de Baleia e a câmara tem criado condições para que tal acontecesse para que essas pessoas possam sobreviver.
Precisou que a partir de agora a edilidade vai assumir “uma atitude na organização e apoiar” com maquinarias para uma exploração “de forma mais organizada”.
Inforpress/Fim