A Soldifogo Cooperativa, uma instituição de microfinanças de Poupança e Crédito para Inclusão Social, estabelece como meta a concessão, em 2019, de 90 a 100 mil contos de crédito aos clientes que não têm acesso aos bancos formais.
O presidente do conselho de administração da Soldifogo Cooperativa (PCA), Manuel da Luz Alves, disse que a finalidade desta instituição de microfinanças, criada em Novembro de 2018 com um capital social de 10 milhões de escudos, e reconhecida pelo Banco de Cabo Verde, é proporcionar assistência financeira aos associados visando a efectiva actividade de rendimento e da melhoria da qualidade de vida, assim como promover programas de poupança e educação cooperativa.
No ano de 2018, antes da constituição da Soldifogo Cooperativa, a Associação Soldifogo, atribuiu crédito a 1.100 clientes num montante de 75 mil contos, mais 12 mil contos que em 2017, e, para este ano de 2019, a previsão é para 90 a 100 mil contos de crédito.
O PCA da Soldifogo Cooperativa disse que a instituição iniciou a partir de 01 de Janeiro com novas actividades e de acordo com a lei, estando sujeita a prestação mensal de contas e a auditoria do Banco Central, à semelhança das outras instituições.
Este explicou que para a constituição da nova instituição a Associação Soldifogo foi desagregada em duas instituições, a Soldifogo Social, que continua como era, mas sem a função de atribuir crédito, promovendo actividades ligadas ao desenvolvimento das comunidades, e a Soldifogo Cooperativa que é uma instituição de microfinanças.
Segundo Manuel da Luz Alves, um dos desafios agora é trabalhar com as associações comunitárias, que são parceiros tradicionais, mas numa outra perspectiva de profissionalização, já que as duas instituições têm funções diferentes, pois Soldifogo Cooperativa só faz actividades financeiras como crédito, poupança e transferência de dinheiro.
Como próximas prioridades, este indicou a formação, treinamento do pessoal de acordo com o novo sistema, que produz relatório financeiro no final de cada mês e dá indicação da solvibilidade financeira da instituição, mas também a capacitação dos membros e o seguimento dos próprios clientes, de modo que possam entender que se trata de uma instituição que presta um serviço de proximidade com qualidade e confiança como tem sido tradição ao longo dos anos, visando a inclusão financeira e garantir rendimento para melhorias de condições de vida das famílias.
Outro desafio da Soldifogo Cooperativa é o crescimento em escala de acordo a meta e visão definidas no plano estratégico de negócios no horizonte 2022, crescimento esse que visa sobretudo permitir aumentar o número de clientes, reduzir taxas de juros, prestar melhor serviço e ter mais eficiência.
“Temos a pretensão de dar crédito mais baixo, sobretudo ao sector produtivo como indústria de transformação na área de agricultura, pecuária e outras iniciativas que possam gerar rendimento”, disse Manuel da Luz Alves, indicando que a previsão é aumentar o número de clientes activos, neste momento na ordem dos 1600 só na ilha do Fogo.
Segundo o PCA da Soldifogo Cooperativa, esta instituição está longe de cobrir a faixa de clientes que solicitam crédito, calculando que apenas cerca de 20 por cento (%) dos clientes que não têm acesso a bancos formais são atendidos, sublinhando que o foco desta instituição é trabalhar para responder à demanda com o crescimento em escala.
Inforpress/Fim