O projecto “Rotas do Fogo”, co-financiado pela União Europeia e implementado pela ONG italiana Cospe definiu as estratégias para implementação do projecto-piloto sobre modelo agro-turismo e criou três comités municipais para avaliação e seguimento desta actividade.
O projecto realizou uma mesa temática para o lançamento das actividades relativa à promoção da acção piloto de agro-turismo na ilha e, segundo o coordenador, o encontro foi participativo e além da criação de três comités municipais, em vez de um único para toda a ilha, foram lançadas algumas modalidades para implementar este tipo de turismo que ainda não está formalizado na ilha do Fogo e no país.
Uma das modalidades, explicou o coordenador de “Rotas do Fogo”, está relacionada com a identificação das áreas da ilha mais vocacionadas para este tipo de turismo, que devem ser as mais bem conservadas do ponto de vista ambiental e paisagístico e que apresentam alguns aspectos típicos que podem ser interessantes para quem procura este tipo de turismo.
O modelo piloto de agro-turismo vai centralizar-se em duas actividades principais, sendo uma que visa a identificação de três empreendimentos que vão receber apoios, financeiro e material, para incentivar o lançamento deste tipo de turismo, que “são pequenos empreendimentos agrícolas que querem complementar a produção tradicional agropecuária com o turismo”, e a segunda actividade é a formação das pessoas interessadas.
Segundo Giovanni foram definidos alguns critérios de selecção seja para a formação, seja para os incentivos financeiro e material, indicando que para a formação, que terá lugar em Outubro, vão ser seleccionadas 15 pessoas por cada um dos municípios, interessadas em desenvolver este tipo de actividades-
Quanto aos três empreendimentos a beneficiar de apoio a selecção será feita após a formação.
Para se candidatar ao projecto é necessário que a pessoa tenha um pequeno empreendimento agrícola ou turístico, que pode ser convertido facilmente na produção agropecuária e cujas intervenções não devem descaracterizar a parte típica da zona, o empreendimento tem de estar localizado em zonas bem conservadas de ponto de vista ambiental e paisagística.
A igualdade de oportunidade entre o género, sendo que as propostas de mulheres chefes de famílias serão priorizadas, não utilização de mão-de-obra infantil, prioridade para empreendimentos que já trabalham na produção orgânica/biológica, não utilização de espécies protegidas pela lei, são alguns dos critérios que serão tidos em conta.
Segundo o calendário das acções, até final desse mês, os comités vão finalizar a identificação das zonas mais vocacionadas, para, em Setembro, sensibilizar a população para as candidaturas, a formação nas áreas de agro negócio para os empresários com empreendimentos agropecuárias que querem incorporar a parte de agro-turismo, de atendimento ao cliente, e sobre valorização da gastronomia local-
Posteriormente será lançado o concurso para recolher as propostas em finais de Outubro.
Segundo o coordenador, um dos pontos fracos está relacionado com o facto de apenas três empreendimentos vão receber o apoio financeiro, que é reduzido, dois mil euros por cada empreendimento.
Adiantou, entretanto, que trata-se de uma experiência piloto e, se tiver sucesso, o projecto vai tentar mobilizar mais fundos, para acrescentar a quantia destinada a cada empreendimento e para aumentar o número de beneficiários.
Com Inforpress