sexta-feira, 22 novembro 2024

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Segundo Manuel Ribeiro o sector do turismo irá beneficiar de investimentos na ordem dos 170 mil contos até 2020

 O sector do turismo na ilha do Fogo irá beneficiar, até 2020, de investimentos na ordem dos 170 mil contos, disse sexta-feira o gestor do Fundo do Turismo, Manuel Ribeiro.

Este responsável fez esta afirmação momentos depois do Fundo do Turismo ter celebrado um protocolo de parceria com os projectos FATA e Rotas do Fogo, implementados pela organização não-governamental italiana (ONG) COSPE e com as câmaras da ilha do Fogo.

“É um protocolo que tem muita importância para a ilha porque é para agir sobretudo no sector do turismo e na metodologia, priorizando a inter-municipalidade o que significa que se vai trabalhar a ilha e não os municípios de uma forma específica, e envolvendo uma organização com muito conhecimento quer do sector do turismo rural e da natureza”, disse Manuel Ribeiro, para quem este protocolo constitui mais um passo para se ter um produto autêntico, que é o “Produto Fogo”, visando a promoção do país e da ilha como destino turístico e contribuir para a diversificação do turismo.

Manuel Ribeiro disse que o Fundo do Turismo, nos próximos quatro anos, vai investir cerca de três milhões de contos nos municípios e que, no caso especifico da ilha do Fogo, além de intervenção directa em cada município com o valor médio de 40 mil contos para São Filipe, 30 mil contos para Santa Catarina e 30 mil contos para os Mosteiros, poderá entrar com mais recursos que poderão ir até os 10 mil contos, através deste protocolo.

Estes valores somados os montantes mobilizados pela própria ONG Cospe junto da União Europeia, no valor de 50 mil contos para os dois projectos, significa que há um pacote de cerca de 170 mil contos para investir até 2020 no turismo na ilha do Fogo, referiu o gestor do Fundo do Turismo, indicando que o protocolo celebrado vai permitir economia de escala, sinergias e evita a duplicação de intervenção tendo a ilha como território único.

Com relação ao sector do turismo, este disse que “há muito trabalho por fazer para melhorar a capacitação dos recursos humanos e a identificação e consolidação dos destinos e aumentar o número de visitantes”, indicando que neste caso a ilha do Fogo tem óptimas condições e com os trabalhos que estão a ser feitos, vai aumentar o número de visitantes e o turismo passará a contribuir para o desenvolvimento da ilha.

Carla Cossu, responsável da ONG, disse que a celebração do protocolo é o resultado de negociações com o Fundo do Turismo que começaram em Novembro do ano passado, altura em que a ONG apresentou ao Fundo os seus projectos, a sua estratégia e forma de intervenção, focando mais na parceria para não duplicações de acções e para ter impactos mais fortes.

Segundo a mesma, sabendo que o Fundo podia financiar além das câmaras municipais outros projectos, elaborou um protocolo de parceria com os projectos FATA e Rotas do Fogo, que considera ser fundamental para garantir uma intervenção a nível da ilha, evitando as duplicações.

Carla Cossu disse que os projectos vão reforçar a parceria com o Fundo do Turismo e montar um comité de pilotagem para poder monitorar a intervenção que se vai realizar, indicando que o Fundo se disponibilizou para avaliar outras intervenções para a ilha o que pode ser uma oportunidade para a ilha ter uma visão muito mais ampla.

O presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina do Fogo, Alberto Nunes, presente na cerimónia, por seu lado, disse que este é um momento “muito importante” para a ilha do Fogo e para os municípios, uma vez que existem projectos específicos para cada um dos municípios e projectos para a ilha toda.

“Estamos com uma ONG que tem experiencia alargada na área de turismo e a disponibilidade financeira do Fundo de Turismo”, disse Alberto Nunes, observado que essa parceria vai dar resultados e “acabar com o discurso teórico” para passar para “atitude prática”.

“Já é tempo de parar com discursos para enumerar as potencialidades e colocar a mão na massa para ter resultados práticos e com efeitos na vida das famílias”, afirmou Alberto Nunes, que espera dessa parceria resultado palpável para cada município e para ilha no geral.

O protocolo de parceria entre Fundo do Turismo e os projectos FATA e Rotas do Fogo foi celebrado a margem da nona mesa de diálogo promovida sexta-feira em Chã das Caldeira pelo projecto “Fogo, Água, Terra, Ar” (FATA

Com Inforpress

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