sexta-feira, 22 novembro 2024

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População de Chã das Caldeiras continua a queixar-se de falta de água apesar da conclusão do sistema de abastecimento

A população de Chã das Caldeiras continua a queixar-se de falta de água apesar da conclusão dos trabalhos de instalação dos equipamentos para exploração da água do furo “FF 58” e da construção de dois chafarizes.

No dia em que os membros da Comissão Especializada de Economia, Ambiente e Ordenamento do Território, que se encontram de visita à ilha do Fogo para inteirar-se dos constrangimentos e desafios nessas áreas, se deslocaram a Chã, a população voltou-se queixar de falta de água.

Danilo Fontes “Dom Danilom” disse que no dia 23 de Junho, aquando da visita do primeiro-ministro a Chã das Caldeiras, o Ministério da Agricultura e Ambiente, procedeu a distribuição gratuita de água, mas que desde aquela data a população não teve mais acesso à água.

“Naquele dia, as pessoas que viram televisão pensam que temos água em Chã das Caldeiras”, afirmou Danilo Fontes, indicando que não entende do porquê da não resolução desta situação.

“Já fizeram todo o trabalho e não há agua que precisamos”, disse observando que a população continua a abastecer em outras localidades e a preço exorbitante, 25 escudos por cada vasilha de 25 litros.

Isabel de Pina e Agostinho, outros moradores com quem a Inforpress chegou a fala, no sábado, na vila de Portela, Chã das Caldeiras, confirmam que apenas por uma vez a população teve acesso a água e coincidiu com a visita do primeiro-ministro e que desde então o problema voltou a permanecer.

Segundo Isabel de Pina, “há rede de distribuição de água, mas não está a funcionar ainda porque não há água” e, a título de exemplo, disse que na sexta-feira como precisava de água para trabalhos foi obrigada a pagar 6.500 escudos para comprar em Achada Furna.

Acrescentou que há um sítio que a edilidade de Santa Catarina costuma colocar água auto-transportada, mas ela é vendida de forma limitada e apenas para o consumo, razão pela qual apela as autoridades no sentido de darem “expediente para resolver os problemas, se existem, para que a população possa abastecer nos chafarizes”.

Questionados se sabem da razão porque não há água, as pessoas contactadas afirmam que “oficialmente não” porque nenhuma instituição passou quaisquer informações para a população, mas que de forma não oficial, uns dizem que o problema está na tubagem, outros afirmam que está no sistema de bombagem, mas o certo é que não há água.

O presidente da Comissão Especializada de Economia, Ambiente e Ordenamento do Território, Luís Silva, disse que as informações de que dispõe é de que já existe água disponível na Caldeira, faltando a electrificação e, por aquilo que a comissão pôde constatar, há uma grande dinâmica económica em Chã das Caldeiras.

Confrontado com o posicionamento da população, Luís Silva observou que as informações que tem é de que o furo está a funcionar e os chafarizes com água disponível e que há um processo de passagem da infra-estrutura do construtor para o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) e desta para a empresa Águabrava.

Sublinhou que já ouviu que há problemas de água e que há esse “ruído”, mas que o técnico da câmara assegurou que a água é distribuída duas vezes por dia.

O delegado municipal, Daniel Alves informou aos membros da comissão de que há apenas dois dias que não foram distribuídos água, posição contrariada pelos populares.

Com Inforpress

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