A organização Não-Governamental (ONG) italiana, COSPE, através dos projectos FATA e Rotas do Fogo, promove esta semana workshops intermunicipais sobre a identificação e o mapeamento participativo de recursos e roteiros turísticos da ilha do Fogo.
O responsável pelo projecto “Rotas do Fogo – modelo do agroturismo como reforço das organizações locais do turismo rural e sustentável na ilha do Fogo”, Giovanni Barbagli, disse que com os workshops a realizar-se nos três municípios, pretende-se apresentar as actividades que serão realizadas na identificação e mapeamento dos recursos e dos roteiros turísticos a explorar posteriormente.
A realização dos workshops conta com a participação de uma consultora italiana e de um técnico de CERAI (Centro de Estudos Rurais de Agricultura Internacional) e que é parceira da ONG Cospe, instituição que já realizou actividades similares em outras ilhas do país e com resultado excelente.
“Esta actividade é muito importante porque permitirá identificar novos recursos e novos roteiros turísticos para diversificar a oferta turística da ilha”, disse o responsável de Rotas do Fogo, indicando que alguns roteiros são intermunicipais e é necessário que haja uma boa coordenação, colaboração e sinergia entre os municípios para os valorizar.
A ideia neste momento é no sentido de se promover um roteiro de sabores que abrange a ilha toda, onde cada município deverá realçar os sabores típicos, receitas, gastronomia típica do lugar, sendo que o outro roteiro intermunicipal será o das praias da ilha do Fogo.
Além dos dois roteiros intermunicipais, a ideia é de desenvolver outros de caracter municipais como o roteiro dos sobrados em São Filipe, que vai valorizar o património histórico e arquitectónico da cidade e outros edifícios históricos, um roteiro gastronómico-cultural em Chã das Caldeiras (Santa Catarina) onde será valorizado os sabores, a música e os aspectos culturais, e roteiro botânico que vai ser activada, provavelmente no perímetro florestal de Monte Velha (Mosteiros) incluindo a antiga residência do Presidente da República.
Os workshops, segundo explica o responsável do projecto, é activar a harmonia entre os concelhos e a sinalização dos roteiros deverá ser estabelecida de forma a evitar a existência de diferentes tipologias de sinalização, de modo a valorizar os recursos turísticos de toda a ilha.
Nos encontros será identificado “um ponto focal” para se ter uma visão geral de todo o trabalho, sendo que nas próximas três semanas serão mapeados todos esses recursos e roteiros que depois serão trabalhados na Itália, num período de três meses, através de elaboração de uma série de produtos como brochuras, mapas, painéis identificativos de vários tamanhos.
O primeiro workshop é realizado na tarde de hoje no município de Santa Catarina, seguindo-se depois os Mosteiros e em São Filipe, no dia 28, estando previsto a realização de um outro mais alargado com grupos de trabalho dos três municípios.
Apresentação dos objetivos do mapeamento participativo nos projetos da COSPE, as metodologias e as práticas do mapeamento participativo, mapeamento participativo dos potenciais recursos turísticos do território, seguimento do processo do mapeamento participativo dos potenciais recursos turísticos da ilha, são os principais aspectos a serem abordados nos workshops.
Esta actividade é promovida pela ONG Italiana, Cospe, através dos projectos “Fogo, Água, Terra, Ar” (FATA), cuja finalidade é contribuir para o desenvolvimento do ecoturismo sustentável e solidário e valorização do património cultural/social/ambiental, e “Rotas do Fogo: modelo do agroturismo como reforço das organizações locais do turismo rural e sustentável na ilha do Fogo”.
Com Inforpress