A vacina contra a febre amarela introduzida hoje no calendário Nacional de Vacinação, a parir da Delegacia de Saúde de Santa Cruz, vai estar em todas as delegacias em Julho, disse hoje o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário.
O governante deu esta garantia hoje quando discursava no acto de lançamento oficial da introdução da vacina contra a febre amarela no calendário Nacional de Vacinação, na Delegacia de Saúde de Santa Cruz, em presença da directora regional da OMS para África, Matshidiso Moet e da coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas e representante da UNICEF em Cabo Verde, Ana Graça.
“A introdução da vacinação de febre amarela vem de facto permitir, por um lado, ter a cobertura para as nossas crianças e para a nossa população, mas também está integrada numa luta maior – uma luta contra doenças transmissíveis por vectores”, disse, lembrando que Cabo Verde já passou por “epidemias importantes” da Dengue, Zika e Paludismo.
O titular da pasta de Saúde que reiterou o compromisso de Cabo Verde em eliminar tais epidemias em 2020, considerou hoje “um dia bom”, porque está-se a dar mais um passo naquilo que é a visão do Governo de reforçar e continuar a desenvolver o sistema de Saúde em Cabo Verde.
Conforme explicou, algumas doenças podem ser prevenidas, como a febre amarela, mas outras não, informando que para tal é preciso que se faça uma “luta forte” anti-vectorial, cuja campanha o Governo lança esta tarde a nível nacional.
Na ocasião, o ministro da Saúde e da Segurança Social apontou a melhoria do acesso aos cuidados de saúde, aos medicamentos, no cuidado da prestação de saúde a nível de todo o país, melhoria na humanização dos cuidados como desafios da Saúde em Cabo Verde.
A propósito afirmou: “A cobertura universal de saúde é o caminho e é a meta que nós todos queremos alcançar”.
Nas suas intervenções, a directora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moet, e a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas e representante da UNICEF em Cabo Verde, Ana Graça, consideram a introdução da vacina contra a febre amarela no calendário Nacional da Vacinação no país como “um marco para o povo cabo-verdiano”, principalmente para as crianças.
Para Matshidiso Moet, tendo em conta que o objectivo é ter uma região africana livre da epidemia de febre amarela até 2020, em que a mesma iniciativa será levada a outros países da região, ao fazer da febre amarela uma “prioridade” de saúde pública” o país está a ajudar a fazer história em relação a esta epidemia em África, assim como contribuir para a cobertura da Saúde universal e para os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Ambas as responsáveis que felicitaram o arquipélago por este “grande momento” e por este passo no domínio da Saúde, reiteraram o apoio da ONU e da OMS.
Lionilde Martins, de 1 ano e dois dias foi a primeira criança a receber a vacina contra a febre amarela que se junta a outras dez vacinas do programa alargado de vacinação, que em outros países é dada a partir de 9 meses, mas por ter vacinas nesta idade, Cabo Verde escolheu a partir de 12 meses até antes de completar-se 2 anos.~
Estavam ainda presentes no acto de lançamento da introdução da vacina contra a febre amarela no calendário Nacional de Vacinação, dirigentes do Ministério da Saúde da região Santiago Norte, Directora Nacional da Saúde e representante da Organização Mundial da Saúde e presidente da câmara.
Com Inforpress