Os responsáveis das adegas Sodade e Maria Chaves reúnem-se hoje, nas instalações da adega Sodade, nos Mosteiros, em assembleia constitutiva para a formalização da Associação dos Produtores do Vinho da ilha do Fogo (APVF).
O projecto da criação da APVF foi socializado entre as duas adegas num encontro realizado a 19 de Maio, promovido pela Associação de Turismo do Fogo (ATF), que apadrinha esta iniciativa, e a associação vai ser formalmente constituída hoje, terça-feira, na adega/cooperativa Sodade, nos Mosteiros, acto que deverá ser testemunhado pelo edil local, Carlos Fernandinho Teixeira.
A responsável da Associação de Solidariedade para o Desenvolvimento (ASDE) e da adega Maria Chaves, Maria da Graça, disse a Inforpress que neste momento apenas as duas adegas, Sodade e Maria Chaves, vão participar na assembleia constitutiva da associação e que a adega Chã vai entrar mais tarde, a partir de Julho, porque não teve tempo para socializar o projecto com os seus associados.
“Como estamos pressionados pelo Instituto de Gestão de Qualidade que está no processo da criação da Denominação de Origem Controlada (DOC) e da Identificação Geográfica e para estes dois processos é fundamental que haja a associação dos produtores de vinho do Fogo”, afirmou Maria da Graça, indicando que se vai avançar com as duas adegas, e que a de Chã, cujo estatuto foi socializado e concordou com a ideia, possa entrar após a socialização com os seus associados.
A APVF, segundo os estatutos, tendo por princípios fundamentais a liberdade, a democracia, a cooperação e a ajuda mútua, e é constituída para fins de coordenar, defender e proteger os interesses dos pequenos produtores.
Coordenar as acções dos produtores de vinho agrupados relativamente às entidades públicas, bem como às instituições de crédito, previdência, laborais, de seguro e instituições análogas, no âmbito do ramo do sector vinícola ao nível da ilha e do país, organizar serviços de interesse e de intervenção comuns aos produtores associados, racionalizando os respectivos meios de acção e produção, representar os interesses comuns dos produtores associados em juízo e fora dele, fazem parte dos objectivos da sua criação.
A APVF visa ainda arbitrar, de acordo com os princípios associativos, os conflitos que surjam entre os produtores associados, promover o desenvolvimento do respectivo ramo agrícola do sector associativo, exercer qualquer outra actividade permitida por lei e consentânea com os princípios associativos e promover e proteger, nacional e internacionalmente, as denominações de origem e indicações geográficas de produtos vitivinícolas da ilha do Fogo.
A associação pode servir os produtores associados de centro permanente de relações e estudos, procurando realizar em conjunto transacções vantajosas da aquisição de todos os materiais e produtos de que careçam para o desempenho das suas funções, auxiliar financeiramente, quanto possível, através de uma reserva comum, os produtores associados, criar serviços de assistência técnica, promover e divulgar os produtos dos seus associados no mercado interno e externo.
Além disso a APVF pretenderá realizar encontros periódicos como congressos, reuniões e outros eventos, para a discussão de temas técnicos, organizacionais e didácticos do sector, realizar intercâmbios de informações e experiências com especialistas e associações congéneres do país ou do exterior e realizar concursos de vinhos e seus derivados, reconhecendo apenas aqueles coordenados pela APVF ou por ela homologados.
Com Inforpress