A problemática da falta de água, que desde a erupção de 2014-15 tem condicionado a vida da população que regressou a Chã das Caldeiras, fica minimizada com a exploração da água do furo “FF 58”.
Desde a sua exploração com recurso a uma bomba para ensaios, iniciada a 15 de Maio, que a edilidade de Santa Catarina do Fogo, segundo o seu presidente, Alberto Nunes, deixou de transportar água de outras localidades para abastecer a população de Chã.
Com o seu equipamento com recurso a energia renovável (solar) através da instalação de um pequeno parque fotovoltáico e a construção da rede de adução desde o reservatório/depósito para os chafarizes de Portela e Bangaeira, a situação fica normalizada.
Os trabalhos devem ficar concluídos ainda esta quinta-feira, e a previsão inicial é para sua inauguração a 01 de Junho, data a partir da qual a população passa a ser abastecida nos dois chafarizes, mesmo que não venha ocorrer a inauguração.
O furo de prospecção de água “FF 58” de Chã das Caldeiras foi executado no ano passado (Julho) e tem sensivelmente 250 metros de profundidade e o caudal oscila entre os 45 a 50 metros cúbicos de água/dia, mas o responsável da empresa Águabrava, José Rodrigues, disse que se for explorado durante 20 horas por dia, vai disponibilizar até 60 metros cúbicos de água para o consumo humano da população de Chã das Caldeiras e para as actividades turísticas.
Este investimento enquadra-se no projecto “ajuda humanitária de urgência para restauração dos meios de existência e aumento da resiliência das famílias afectadas pela erupção vulcânica” que visa a mobilização de mais de 500 metros cúbicos de água para abastecer a população de Chã que regressou à Caldeira e para agricultura.
Além do furo de Chã, o programa prevê o equipamento de mais três furos em São Filipe e dois nos Mosteiros, e a construção da conduta do furo até o reservatório para que a população tenha acesso à água.
Neste momento, a população ainda abastece-se no reservatório/depósito, mas com a conclusão dos trabalhos vai permitir o acesso à água nos dois chafarizes situados nos dois principais núcleos populacional de Chã das Caldeiras, Portela e Bangaeira.
Com a disponibilidade de água, fica assim resolvida uma das principais reivindicações da população de Chã das Caldeiras após a erupção vulcânica de Novembro de 2014, que “engoliu” o antigo furo que servia à comunidade.
Por resolver, ficará uma segunda reivindicação, que é a melhoria do acesso, sendo que a primeira pedra para a reabilitação do troço de Cova Tina/Portela/Bangaeira, devia ser lançada ainda no decurso de Maio.
Inforpress