A Câmara Municipal dos Mosteiros defende uma “intervenção estruturante” no troço de estrada de Sumbango, que liga o centro do município à região norte e ao município de São Filipe, como forma de evitar o desabamento frequente de rocha.
Uma semana após o desmoronamento de rocha que condicionou a circulação naquele troço, continua ainda a registar queda de algum material, razão pela qual o edil substituto, Jaime Monteiro Júnior, considera ser necessária uma intervenção de fundo, um investimento que ultrapassa a capacidade financeira da edilidade e por isso deve ser assumido pelo Governo.
Segundo o autarca, a rocha que delimita este troço, numa extensão de 200 metros aproximadamente, precisa de uma limpeza geral porque há vários anos que a mesma não beneficiou de qualquer limpeza, desde que a manutenção passou a ser da responsabilidade de uma empresa contratada em concurso público.
Aquando da sua construção, foi utilizado muito dinamite, o que fragilizou a rocha, explica o presidente da Câmara, indicando que é necessário “tirar todo o podre e fazer limpeza geral” para evitar o desabamento.
Além da limpeza, este defende que uma das intervenções poderia ser com recursos a um sistema de rede para proteger e assegurar a queda de material, sendo que a outra passaria pela construção de um paredão de argamassa, desde a base até ao topo, para evitar a queda frequente da rocha.
O edil acrescentou que quer uma quer outra intervenção ultrapassa a capacidade da edilidade, pelo que o governo devia assumir os custos, por se tratar de uma estrada nacional.
A circulação está sendo feita com normalidade, mas de um momento para outro poderá ser interrompida com a queda em quantidade mais expressiva de material para esta via, representando perigo para as pessoas que utilizam esta estrada diariamente ou que praticam actividade agropecuária nas proximidades, além de em caso de interrupção da circulação deixar centenas de famílias de Atalaia, Ribeira Ilhei, Rocha Fora, isoladas, por se tratar de única via de acesso à zona norte do município.
Por esta razão, em 2015, o Instituto de Estrada (IE) chegou a equacionar a possibilidade da realização de um estudo de viabilidade, visando uma intervenção para estabilização e protecção do talude do troço de estrada de Sumbango, porque o maciço deste troço encontra-se fracturado e põe em perigo a vida das pessoas que circulam nesta via.
Aquando da construção da estrada circular do Fogo foi elaborado um estudo que foi entregue à Direcção-Geral das Infra-estruturas que apontava, para a protecção das rochas desta via, um valor de 800 mil contos, montante considerado elevado na altura.
Com Inforpress