O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, considerou sexta-feira, que a aposta e a valorização da cultura do café nos Mosteiros, é uma prova daquilo que poderá ser feito no sector agrícola, segundo as especialidades de cada ilha ou região.
Jorge Carlos Fonseca, que presidiu na noite de sexta-feira, na cidade de Igreja, Mosteiros, a abertura da quinta edição do festival do café “Fogo Coffee Fest”, disse que é conhecido como este produto, o café, suscita cada vez mais interesse no mercado internacional.
“É a própria FAO, Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a revelar, em seus estudos, o potencial das características deste café, e as suas possibilidades de sucesso em mercados exigentes, como o europeu”, afirmou o Presidente da República, indicando que isso significa que, no que se refere ao critério decisivo das condições naturais e resultados qualitativos, está-se num bom caminho, faltando a aposta no fortalecimento da capacidade técnica dos produtores e no aprimoramento da rede de venda.
Segundo o chefe de Estado, na ilha do Fogo e em outras ilhas como Santiago, Santo Antão, S. Nicolau e Brava, muitas foram as famílias que ao longo dos tempos cultivaram os seus cafezais, observando que Cabo Verde foi sempre conhecido pela qualidade do seu café.
“Durante muitos anos vimos envelhecer os cafezais de algumas das ilhas, chegando mesmo, em alguns casos, a desaparecer por completo”, referiu o mais alto magistrado da nação, afirmando que “hoje renovamos a esperança com exemplos como o dos Mosteiros, onde está vincada esta aptidão natural para o cultivo do café”.
“O futuro passa pela recuperação e dinamização da produção de café em todas as regiões onde existe esse potencial, numa articulação com todos os agentes envolvidos, económicos e públicos”, defendeu, Jorge Carlos Fonseca, adiantando que só assim se poderá aumentar a competitividade e relançar uma produção que já foi mais pujante, mas que ainda tem muito para dar e representa um ganho significativo na balança comercial do país.
No dizer do Presidente da República, a filosofia que está por detrás da realização do festival é a sua valorização e promoção na perspectiva do reforço da sua internacionalização, saudando assim a edilidade dos Mosteiros pela realização do evento que se tornou numa oportunidade única para reunir, à volta do café, produtores, empresários, proprietários, consumidores, exportadores, especialistas na área, cidadãos anónimos e gente do desporto e da cultura.
“Celebrar o café é celebrar Cabo Verde, celebrar as suas gentes trabalhadoras, celebrar o ciclo da vida e celebrar o furto”, finalizou.
Com Inforpress