O desabamento de rocha ocorrido na noite de quarta-feira no troço de Estrada Nacional EN1-FG01 de Sumbango, deixou a zona alta do norte do município dos Mosteiros encravada, disse o presidente da câmara, Fábio Vieira.
O desabamento com alguma gravidade, segundo o mesmo, aconteceu entre as 22:00 e a meia-noite de quarta-feira e deixou a via que liga o centro do município à zona norte e também ao município de São Filipe interditada.
Por volta das 09:00 de hoje a empresa responsável pela manutenção da Estrada Nacional de Sumbango, enviou máquinas para fazer a limpeza e desobstruir o troço para permitir a circulação de pessoas e viaturas, avançou Fábio Vieira.
Apesar disso, o edil dos Mosteiros manifestou a sua preocupação e alertou o Governo pela necessidade de se ter uma intervenção de fundo e mais consistente porque, explicou, as “intervenções de cosméticas” que têm sido feitas não têm dado respostas e sistematicamente tem havido queda de pedras.
“É um perigo eminente e o Governo deve criar as condições para intervenção mais de fundo e duradouro para garantir segurança de pessoas e viaturas que circulam diariamente na via”, referiu Fábio Vieira, para quem não se pode descartar a possibilidade da construção de um túnel.
“A solução definitiva é a construção de um túnel ou realização de trabalho a montante para evitar a queda de pedras”, disse o edil, sublinhando que está preocupado porque alguns blocos que se desprenderam da rocha atingiram e danificaram algumas parcelas irrigadas nas zonas de Sumbango e Murro, acrescentando que felizmente as pedras caíram no horário em que as pessoas não estavam a praticar a faina agrícola nas suas parcelas.
Neste momento a via que liga a cidade de Igreja às localidades situadas a norte do município, como Atalaia e Ribeira do Ilhéu está interditada assim como a ligação Mosteiros/São Filipe, via norte.
O desabamento da rocha de Sumbango tem ocorrido com alguma frequência, sendo o último desabamento registado no final de Agosto de 2021.
Em 2018, a 15 de Junho, ocorreu um grande desabamento na mesma estrada, deixando-a obstruída e interditada por um período de três meses, tendo sido reaberta a 15 de Setembro do mesmo ano, depois dos trabalhos da consolidação e estabilização da rocha.
Inforpress/Fim