sexta-feira, 26 abril 2024

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Transformação do GDR em agência visa alinhar visão estratégica – Nuías Silva

A transformação do Gabinete de Desenvolvimento Regional (GDR) numa agência de desenvolvimento regional é o resultado da necessidade de alinhar a visão estratégica do desenvolvimento integrado das ilhas Fogo e Brava.

Este posicionamento foi defendido pelo presidente do conselho directivo da Associação Nacional dos Municípios do Fogo e Brava, Nuías Silva, no quadro do ateliê para elaboração da estratégia regional para as duas ilhas do programa das plataformas locais para o desenvolvimento sustentável 2030, que decorre na cidade de São Filipe.

“O GDR foi desenhado, na década de 90, como uma perspectiva bastante técnica, criar um gabinete que pudesse assessorar e ajudar as câmaras municipais no planeamento regional e numa espécie de gabinete técnico intermunicipal e cumpriu o seu papel”, disse o autarca, para quem no desenvolvimento integrado da região enquanto tal, a agência pode ter “um papel crucial”.

A agência, segundo o mesmo, passa a ter uma visão mais integrada da região e vai abarcar as áreas do planeamento turístico e do planeamento territorial, mas também será um catalisador da dinâmica económica capaz de projectar os importantes instrumentos de desenvolvimento das duas ilhas.

“Desenhá-las,  planificá-las e promovê-las junto dos potenciais investidores e não funcionar como mero gabinete técnico com aprovação e elaboração de projectos”, reforçou.

Nuías Silva indicou que a mesma vai ter competências na área de atracção de investimento directo dos emigrantes e de estrangeiros para projectos regionais, lembrando que os municípios isoladamente não podem fazer muita coisa.

“O mais importante é planificar o terreno e mobilizar os investimentos”, disse, apontando as várias áreas em que as duas ilhas têm “grandes potencialidades”, como a pesca, turismo rural e montanha, agricultura e pecuária e a transformação agro-alimentar, reconhecendo que a região carece de “maior organização e planeamento” e resolver o problema dos transportes.

Segundo Nuías Silva, com o financiamento da Cooperação Luxemburguesa, através do PNUD, está-se na fase final da reestruturação do GDR para a sua transformação numa agência, mas também tem financiado a aquisição de duas máquinas de cura de queijo para as duas cooperativas que estão mais bem organizados a nível da ilha do Fogo e instalação do laboratório de análise de vinhos e de outros produtos como água e licores.

A elaboração da estratégia regional para as ilhas Fogo e Brava, segundo o mesmo, vem na sequência das estratégias municipais desenvolvidas, pese embora a regional deveria ser a primeira etapa de modo que as estratégias municipais pudessem beber à estratégia regional.

Durante o processo de elaboração, os membros das plataformas locais dos quatro municípios serão confrontados com a necessidade de encaixar as estratégias municipais numa visão da estratégia de desenvolvimento da região.

“O importante é que estamos aqui para fazer um planeamento macro sobre a visão e os caminhos para o desenvolvimento da região Fogo/Brava”, referiu Nuías Silva.

Por outro lado, avançou que a regionalização em Cabo Verde vai ser “um caminho indiscutível” que será percorrido, porque, explicou, já se actua numa base regional em muitas questões, e se os municípios começarem a planificar a economia baseado nesta perspectiva irá influenciar os políticos na escolha do modelo de desenvolvimento regional que melhor serve ao país.

Inforpress/Fim

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