sábado, 21 dezembro 2024

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Vulcânico está prestes a revalidar o título e a conquistar o segundo tricampeonato da sua história

O Vulcânico está a uma vitória e um empate de se revalidar o título de campeão regional do futebol do primeiro escalão da ilha do Fogo, época 2017/18, e consequentemente o tricampeonato, o segundo tri da sua história desde a sua criação em 1953.

O Vulcânico que está temporada ainda não perdeu quaisquer jogos a nível regional, campeonato e taça, lidera isolado o regional e em 14 jogos venceu 12 e empatou dois, um empate com Nova Era, equipa sensação, na primeira volta, e com o Botafogo, na segunda volta, e está embalado para o título e para representar a ilha no campeonato nacional.

Esta agremiação vai somar assim o 11º título de campeão regional, sendo que pelo historial é a terceira melhor equipa de sempre da ilha do Fogo, depois do Botafogo e da Académica, as duas que tem maior número de títulos regionais e o Botafogo soma ainda um título de campeão nacional e dois vice-campeões nacionais.

Fundado, oficialmente, a 18 de Julho do ano de 1953, data da publicação dos estatutos do clube no Boletim Oficial, mas a memória colectiva, quer dos antigos jogadores, como dos dirigentes e adeptos, indica que esta agremiação desportiva foi fundada na cidade de São Filipe, ilha do Fogo, Cabo Verde, antes da data oficial.

O processo da fundação do Vulcânico não é consensual devido a ausência de registos credíveis e oficiais. Para alguns antigos jogadores, o Vulcânico derivou do Luso, outra agremiação desportiva que existia nos primeiros quartéis do ano de 1900. Para outros o Vulcânico Futebol Club do Fogo, que na época da sua oficialização representava a elite da cidade, surgiu da fusão de Luso e da equipa de Nazarenos.

Não obstante alguma imprecisão sobre a data da sua fundação, o certo, é que a maioria, senão todos os fundadores e dirigentes desta agremiação desportiva eram adeptos ferrenhos do Sport Lisboa e Benfica (caso, por exemplo, do Tadeu Sacramento Monteiro, João da Cruz Brito, Luís Silva Rendall, Henrique Teixeira de Sousa, este último que era médico e escritor de reconhecido mérito). À semelhança dos seus fundadores e dos dirigentes de então, os actuais responsáveis e toda a massa associativa do Vulcânico Club do Fogo, são maioritariamente benfiquistas, razão pela qual ao longo dos vários anos da sua existência, e ainda hoje, o Vulcânico Clube do Fogo é, popularmente, conhecido por Benfiquinha, mas também devido à forma de equipar-se (vermelho e branco).

À semelhança do que acontecia e acontece em Portugal, o Vulcânico Clube do Fogo tinha grande rivalidade com o Sporting, outra equipa que exista na primeira metade do século XX e que veio dar origem a Associação Académica do Fogo nos anos 60 do século XX.

No seu historial de mais de seis décadas de existência, o Vulcânico Clube do Fogo também chegou a ser conhecido por “Sanfilipim” (inicio dos anos 60 do século passado) porque era constituído apenas por jogadores do centro da cidade de São Filipe.

Até a Independência Nacional, ocorrida a 5 de Julho de 1975, o panorama futebolístico na ilha do Fogo era dominado pelo Vulcânico e depois entre este clube e a Associação Académica do Fogo, fundado quase uma década depois (1962) por antigos estudantes da cidade de São Filipe, tendo o Vulcânico conquistado vários troféus.

No período colonial os campeonatos a nível das ilhas não eram regulamentadas e organizadas de forma sistemática, não havendo assim um historial de títulos arrecadados pelo Vulcânico. No período pós independência com a organização das provas regionais, o Vulcânico só veio a conquistar o seu primeiro título no ano 1993/94, depois de um período de monopólio, primeiro do Botafogo, fundado em 1973, e depois da Académica.

O Vulcânico conquistou, de 1993 a 2018 11 títulos de campeão regional, e a nível de palmarés é o terceiro clube da ilha, ficando atras do Botafogo que conta com 17 títulos regional, um de campeão nacional e outro de vice-campeão nacional e da Associação Académica do Fogo com 13 títulos regionais e um de vice-campeão nacional.

No campeonato nacional de futebol, o Vulcânico Clube do Fogo atingiu uma vez a fase final da prova (1999/2000), tendo perdido pela formação de Amarante de São Vicente.

Vulcânico foi campeão em 1993/94, 1997/98, 1998/99, 1999/2000, 2003/2004, 2006/2007, 2008/2009, 2010/2011, 2015/16, 2016/17 e 2017/18.

Contrariamente a má prestação nas duas últimas temporadas no campeonato nacional, espera-se que está época possa ter uma melhor prestação e passar para a segunda fase da prova. Para tal terá como adversário nas provas nacionais as equipas do Sporting, campeão nacional em título, e as representações das ilhas do Sal e do Maio.

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