A requalificação do centro histórico, que consiste na reabilitação do pavimento através da substituição da calçada actual por uma nova em paralelo basáltico, exige uma grande produção de paralelos, mas o trabalho está a ser feito, disse o primeiro-ministro.
Ao visitar na tarde de sexta-feira a obra de requalificação para se inteirar do seu andamento, o primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, acompanhado da ministra das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, indicou que “há uma parte da produção que muitas vezes não é visível e que a intervenção no centro histórico de São Filipe exige uma grande produção de paralelos, trabalho que está sendo feita, para depois fazer a colocação”.
Ao todo, o projecto de requalificação do centro histórico prevê intervenção numa área de 40 mil metros quadrados, visando a criação de condições de segurança e conforto das zonas de estadias de peões, representando um investimento de mais de 66 mil contos.
“Vamos encontrar uma solução que possa compatibilizar as intervenções com paralelos no núcleo histórico e asfalto nas partes circundantes e isso vai permitir uma maior aceleração na execução da obra”, disse Ulisses Correia e Silva, indicando que é possível fazer a compatibilização preservando o centro histórico e mantê-lo com qualidade de calcetamento e ter asfalto nas vias circundantes.
Os trabalhos foram retomados e segundo informações técnicas disponibilizadas ao primeiro-ministro, a requalificação faz-se rua a rua, até a sua conclusão, tendo começado pela rua onde a empresa teria realizado a primeira experiência que, no entanto, não mereceu aprovação técnica do ministério e por isso viu-se obrigada a retirar a calçada e refazê-la de novo.
Quando à obra de reabilitação das vias urbanas de São Filipe, que contempla a colocação de asfalto desde a rotunda junto da esquadra da Polícia Nacional, passando por Aguadinha até o porto de Vale dos Cavaleiros e desde o largo de Enacol até Congresso, passando pelo bairro de Cobom e de Cruz dos Passos a Congresso, com passagem pela zona de São Filipe, o chefe do governo destacou que todo o trabalho de preparação está sendo feito para a colocação do asfalto.
O prazo inicial para execução desta obra, com uma extensão de pouco mais de seis quilómetros, era de 150 dias e terminou no princípio de Janeiro.
Os trabalhos deste projecto, um investimento de mais de 172 mil contos, financiado no quadro do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidade (PRRA), depois de alguns dias de paralisação, foram retomados esta semana.
A empresa salientou que conta instalar a central de produção de material para asfaltagem no decorrer do mês de Fevereiro e espera poder começar a colocação de asfalto no mês de Março, prevendo um período máximo de três semanas para a asfaltagem.
Sobre o atraso, o primeiro-ministro lembrou que durante quase um ano de pandemia houve período de emergência e confinamento e tudo isso impactou o ritmo de execução das obras.
A última obra visitada na tarde de sexta-feira na cidade de São Filipe foi a de reabilitação e ampliação da Cadeia Civil do Fogo, que consiste na ampliação das celas masculinas e femininas, construção de placa desportiva, cozinha, refeitório, biblioteca e auditório, com o objectivo de aumentar e melhorar os serviços do estabelecimento prisional, representando um investimento de aproximadamente 86 mil contos.
“Esta é uma obra com impacto muito forte para a ilha, porque vai dar dignidade aos reclusos com a parte da reintegração e ressocialização e fico satisfeito que tenha esta filosofia integrada para fazer com que haja o cumprimento de pena e estar a preparar os reclusos para a reintegração para a vida normal a nível familiar e social”, disse o primeiro-ministro.
Além da ministra das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Ulisses Correia e Silva faz-se acompanhar da titular da pasta da Justiça.
Inforpress/Fim