Os membros da tripulação do navio Liberdadi, que normalmente faz o percurso Brava – Fogo – Praia e vice-versa, reclamam das condições em que estão a pernoitar quando fazem viagens, Praia – Sal e para outras ilhas.
Alguns membros do conjunto de 12 tripulantes, contaram à Inforpress que desde que se iniciou a pandemia da covid-19, ao fazerem viagens para a ilha do Sal e que têm de pernoitar noutros portos, que não seja a ilha Brava, dormem em colchões dentro do barco, “sem as mínimas condições e sem nenhuma privacidade”, indicando que “há casos de homens e mulheres que dormem no mesmo espaço”.
A tripulação reforça que além da falta de privacidade, são atormentados pelos mosquitos e que para fazerem a higiene pessoal, utilizam as duas casas de banho dos passageiros e uma dos funcionários, agora adaptadas e apetrechadas com chuveiros.
A Inforpress contactou a Interilhas e o director de Comunicação e Marketing, Jorge Martins, explicou que é uma “situação pontual” e que tal tem acontecido devido à pandemia da covid-19.
Com a crise pandémica, adiantou o responsável, os tripulantes foram proibidos de descer do navio, porque caso contrário teriam de fazer o teste rápido da covid-19 e o tempo que passam em terra não é suficiente para tal.
Jorge Martins assegurou que anteriormente, em todos os portos, a tripulação descia e ficava instalada em hotéis.
A mesma fonte diz lamentar esta situação, na esperança de que a situação sanitária se estabilize, para que tudo possa voltar à “normalidade”.
Inforpress/Fim