A jovem bióloga cabo-verdiana Valéria Custódio, 33 anos, viu o seu nome associado a “distintos cientistas” com a publicação de um estudo elaborado em equipa, numa das maiores revistas científicas do mundo, a Science Magazine.
Formada em biologia pela Universidade de Aveiro, mestre em Bioquímica pela Universidade de Coimbra, Valéria Custódio, filha do poeta e escritor Oswaldo Osório, está a terminar o Doutoramento no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), da Universidade Nova de Lisboa (Portugal) e o mestrado em Investigação na Universidade de Nottingham (Inglaterra).
Segundo Valéria Custódio, este trabalho publicado na segunda maior revista científica do mundo foi desenvolvido por um grupo multidisciplinar que junta bioinformáticos, bioquímicos, químicos analíticos, biólogos e microbiólogos de países como Cabo Verde, Cuba, México, França, Polónia, Trinidade e Tobago, Senegal, Inglaterra e Estados Unidos da América.
Esta pesquisa, acrescentou, desenvolvida no laboratório do Dr. Gabriel Castrillo, da Universidade de Nottingham (Inglaterra), teve como propósito “provar como a coordenação entre os micróbios e as plantas é fundamental para o controle da quantidade de nutrientes e minerais nas plantas”.
Quanto à sua participação neste estudo, ostentado na revista científica, Valéria Custódio disse não ter palavras para descrever “tamanha alegria e satisfação”, já que, como bióloga, sempre viu a revista Science “como uma Olimpíada”.
“Por isso, nem consigo descrever a sensação de ver o meu nome ao lado de nomes de excelentes cientistas que admiro e que tenho o prazer de trabalhar nos últimos anos e aprender bastante com eles”, manifestou, sublinhando que isso “é só o começo”.
“Agora é continuar a trabalhar arduamente para os próximos artigos e quem sabe contribuir para o próximo artigo na Science”, concretizou.
A Science Magazine, publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência, é uma das revistas académicas mais prestigiadas do mundo e tem como principal foco publicar relevantes investigações científicas originais.
Com um número de leitores estimado em 570.400 pessoas, a concorrência para publicar uma pesquisa na revista é “muito intensa”, já que publicar na Science “aumenta a visibilidade”, levando a atenção e consequente progressão na carreira de seus autores, até porque menos de 7 por cento (%) dos artigos submetidos são aceites para publicação.
Inforpress/Fim
