Os antigos presidentes da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV), solicitaram hoje uma audiência com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente honorário dessa organização, para “contestarem” as novas políticas seguidas na instituição.
Os antigos presidentes da CVCV, Dario Dantas dos Reis, Eloisa Borges e Mário Moreira, numa abordagem em relação à gestão dos recursos financeiros da instituição, contestam a situação, apontando, a título de exemplo, pagamentos de subsídios honorários e ordenados a oito colaboradores que, conforme dizem, deveriam prestar um trabalho de voluntariado à Cruz Vermelha.
Segundo o porta-voz do grupo, Dario Dantas dos Reis, têm dado conta de “vários” factos que têm estado a passar na Cruz Vermelha, pelo que acham que estão a dar um rumo “não desejável à sociedade nacional”, referindo-se, concretamente, a uma reorientação de recursos financeiros a qual considera um “desperdício”, como é o caso do pagamento de pessoas que se diziam voluntárias e agora estão a receber retribuição financeira, subsídios, honorários e ordenados.
Dario Dantas dos Reis asseverou ainda, que a gestão da actual presidência “fere” os princípios do Crescente Vermelho, salientado que fere “fundamentalmente” o princípio do voluntariado.
“Na Cruz Vermelha de Cabo Verde nunca os voluntários receberam qualquer retribuição financeira para o desempenho de funções de direcção e por desempenhos de funções de coordenação de vários sectores da Cruz Vermelha”, disse, realçando não entender o motivo do que está a passar-se.
O porta voz afirmou ainda que não compreendem que existam senhas de presença na CVCV, algo que nunca existiu na organização.
Segundo Dantas dos Reis, o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente honorário da Cruz Vermelha, manifestou o interesse em recolher mais dados sobre o assunto para poder analisar a situação.
Inforpress