Mais de 4.600 crianças, adolescentes e jovens do município de São Filipe regressam às aulas na quinta-feira, 01 de Outubro, num ano lectivo atípico devido à pandemia do novo coronavírus.
A delegada do Ministério da Educação no município de São Filipe, Sofia Monteiro Pina, disse a Inforpress que para o ano lectivo 2020/21 a previsão, neste momento, é para 4.606 de alunos do pré-escolar ao ensino secundário, sendo 753 crianças no pré-escolar, 1866 no primeiro ciclo do ensino básico, 1987 no segundo ciclo de ensino básico e 1083 no ensino secundário.
Os mesmos estão distribuídos pelas escolas secundárias Dr. Teixeira de Sousa (cidade) e Pedro Pires (Ponta Verde – zona norte), número que poderá aumentar com novas matrículas após o arranque do ano.
O número de professores mantém-se igual ao do ano passado, um total de 241 professores do 1º ao 12º ano, estando neste momento vagas para substituição de três professores que se aposentaram da escola Dr. Teixeira de Sousa e uma vaga na escola Pedro Pires referente a um professor que foi demitido no último ano lectivo.
Para o ensino básico não há previsão de vagas, mas algumas substituições de professores transferidos, que vão aguardar no concelho a chegada de substitutos para depois deixar as escolas para que não haja problemas.
As aulas, explicou a delegada, iniciam-se no dia 01 de Outubro à semelhança do resto de País, com excepção da Cidade da Praia, prevista para o mês de Novembro, tendo a delegação feita a preparação para “garantir a saúde e bem-estar a todos os alunos”.
O primeiro ciclo do ensino básico, que acolhe os alunos do 1º ao 4º ano, vai funcionar em duas modalidades.
Em algumas escolas do interior, em que o número de alunos por turma é inferior, as aulas funcionam em regime tradicional e com horário normal, e nas escolas com mais de 22 alunos a turma é dividida em dois e funciona no regime de desdobramento.
Em todo o município de São Filipe existem 26 estabelecimentos educativos, e destes oito irão funcionar com horário tradicional e 18 escolas em regime de desdobramento.
O segundo ciclo de ensino básico, de 5º a 8º ano e o ensino secundário, do 9º ao 12º ano, vão funcionar no regime alternado em que um grupo assiste às aulas às segundas, quartas e sextas e outro grupo às terças, quintas e sábados, isto para além das aulas à distância
Sofia Monteiro Pina indicou que para garantir as condições de segurança e bem-estar, a delegação já fez as adaptações nas escolas, confeccionou lavatórios para colocação em todas as escolas para lavagem de mãos, distribuição de materiais de limpeza e álcool gel para colocação em todas as salas de aulas para desinfecção das mãos.
Neste momento, adiantou, uma equipa de bombeiros voluntários, parceiro da educação, está a passar pelas escolas para desinfectá-las e vai continuar a fazê-lo durante este percurso.
O pessoal de apoio operacional da delegação do ministério, por seu lado, está a participar numa formação ministrada por técnicos de saúde no sentido de dar treinamento sobre como fazer a manutenção e manuseamento de equipamentos e materiais, respeitando todas as normas de higiene sanitária e comportamentos saudáveis.
Questionado sobre a disponibilização de máscaras, a delegada do Ministério da Educação indicou que todos são responsáveis e que “há que ajudar para a autoprotecção”, indicando que quase todos os quatro agrupamentos escolares existentes no município dispõem de “alguma quantidade” de máscaras para distribuir aos alunos com maiores necessidades, mas não suficientes para todos.
O desafio para este ano lectivo, segundo Sofia Monteiro Pina, é funcionar de forma a “garantir segurança e bem-estar a todos os alunos para que a escola não seja um meio de transmissão de vírus”, sublinhando que a estrutura está a criar “todas as condições” para que o processo ensino/aprendizagem decorra “na maior normalidade”.
Inforpress/Fim