O processo de transferência da gestão dos serviços de água para rega da autarquia dos Mosteiros para a Empresa Intermunicipal de Águas (Águabrava) começou a ser analisado na quinta-feira.
Por iniciativa da autarquia dos Mosteiros, esta semana ocorreu uma reunião entre a câmara e a administração da Águabrava para iniciar o processo de transferência, tendo a questão sido analisada na sessão ordinária da câmara dos Mosteiros, realizada quinta-feira na cidade da Igreja.
A gestão da água para agricultura nos Mosteiros passou, desde Julho do ano passado, para a esfera da câmara, com a assinatura do protocolo com o Governo para a transferência de algumas competências aos municípios nas áreas de agricultura e ambiente que não dispõe de delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA).
Os horticultores dos Mosteiros pagam neste momento 35 escudos por metro cúbico de água consumida para a rega, mas com a transferência para a Águabrava passarão a pagar 70 escudos por metro cúbico, com a uniformização da tarifa a nível da região Fogo/Brava.
Na sequência do encontro entre as duas instituições, saiu uma deliberação visando a criação de uma comissão técnica conjunta para preparar todo o dossiê técnico para transferência da gestão e fixado como limite temporal o fim da primeira semana de Agosto para apresentação das propostas para que o protocolo de transferência seja assinado entre a câmara e a Águabrava até final de Agosto.
A comissão técnica é integrada por técnicos de Águabrava e câmara dos Mosteiros e é presidida pelo delegado da empresa no município dos Mosteiros.
Além da questão da transferência da gestão de água para agricultura, no encontro outras questões foram analisadas, como sendo a questão de extensão da rede de distribuição de água a algumas localidades, nomeadamente Atalaia (norte) e Achada Grande (sul), assim como outras localidades que poderão beneficiar entre 20 a 30 famílias.
Dada a necessidade de se fazer a extensão da rede de distribuição a outros pontos dos Mosteiros, existe algum entendimento entre as duas instituições para avançar com a implementação de acções neste domínio e que será objecto de um protocolo a ser celebrado entre a câmara e Águabrava.
Relacionada com o sector da água, a Inforpress soube junto da administração da Águabrava de que o projecto de extensão da rede de distribuição de água a localidade de Ponta Verde de cima (São Filipe) vai ser ampliado em mais três quilómetros, abrangendo assim cerca de 40 famílias.
O administrador/delegado da Águabrava, Rui Évora, indicou que as obras estão na fase final de execução e que custou 2.500 contos, um financiamento da empresa Águabrava e da câmara de São Filipe.
Neste momento, encontra-se em execução e em fase avançada os trabalhos de instalação de quatro parques fotovoltaicos financiados pelo Governo, sendo que os da Capela, Ilhéu de Pena e Sebastião Dias (sul) encontram-se numa fase avançada de implementação e o de Monte Grito (norte) numa fase mais atrasada.
Os quatro parques fotovoltaicos têm uma capacidade total de 175 kWP (kwaltts pico), referiu o administrador/delegado, indicando que na última quarta-feira foram aberta as propostas para a selecção de empresa para a execução do parque fotovoltaico de Achada Malva (norte) , financiado pela Cooperação Luxemburguesa.
Com relação à ilha Brava, este observou que o dossiê para a instalação de uma estação de dessalinização de água está a decorrer de acordo com o cronograma definido e que brevemente o contrato de adjudicação será assinado para o início das obras.
Inicialmente, a instalação desta unidade estava prevista para Esparadinha, mas a localização foi transferida para a localidade de Furna, que passará a dispor de duas unidades, sendo uma para abastecer somente este povoado e outra para abastecer toda a ilha da Brava.
Inforpress/Fim