A alocação de um especialista na área de ortopedia ao hospital regional São Francisco de Assis, na ilha do Fogo, já começou a dar resultados positivos com a redução de pacientes para o hospital Dr. Agostinho Neto.
A informação foi revelada pelo director do hospital regional São Francisco de Assis, Evandro Monteiro, sublinhando que com a chegada do especialista cubano na área de ortopedia, o hospital começou a realizar algumas actividades cirúrgicas.
“O objectivo agora do hospital é junto dos parceiros tentar conseguir ferramentas, nomeadamente equipamentos médicos, que são caros, para o serviço de ortopedia”, advogou o director, indicando que já foram identificados alguns equipamentos adequados, mostrando-se convicto de que com a rede de parceria que o hospital tem poderá mobilizar esses equipamentos.
Segundo o mesmo, a meta estabelecida é de até o final do ano, ter um serviço de ortopedia a funcionar bem, porque, explicou, o especialista tem muita determinação, está engajado e com a sua habilidade técnica, o hospital vai conseguir dar uma boa resposta a nível da ilha.
Evandro Monteiro disse que alguns casos que anteriormente eram encaminhados para o hospital central da Praia começaram a serem resolvidos localmente, observando que “isso é um ganho, embora seja muito cedo ainda já que o especialista só tem um mês” no hospital.
No dizer do mesmo, neste curto período de tempo o hospital conseguiu reduzir as transferências de pacientes de foro orto-traumatológico e aqueles foram encaminhadas foram em melhores condições, o que representa uma mais-valia para a Região Sanitária Fogo/Brava.
A área de traumatologia é a primeira causa de transferência de doentes para o hospital Dr. Agostinho Neto (Praia) e, segundo dados estatísticos do São Francisco de Assis, representa quase 50 por cento (%) dos casos transferidos.
Evandro Monteiro avançou que foi uma aposta do hospital e que o Ministério da Saúde respondeu tendo em conta toda a necessidade, salientando que durante o período de emergência e quarentena houve algumas situações de transferência que necessariamente implicavam deslocações de avião e com seus custos, mas que foram resolvidos a nível do próprio hospital.
Já na área de saúde mental, que há dois anos deparava com muita dificuldade, conheceu alguma melhoria, sendo que no último ano não se realizou nenhuma transferência de doente mental para a Cidade da Praia.
Evandro Monteiro indicou ainda que a especialista da área de saúde mental tem desenvolvido outras iniciativas, nomeadamente o serviço domiciliar, em articulação com a Delegacia de Saúde, em que a psiquiatra do hospital, em articulação com a psicóloga e outros técnicos da estrutura, fazem tratamento domiciliar semanal dos pacientes e com resultado positivo a nível familiar.
Com a chegada há um mês de mais dois especialistas cubanos, de entre eles o ortopedista, eleva-se para uma dezena o número de especialistas de nacionalidade cubana que trabalham no hospital regional, nas áreas de ortopedia, cirurgia, oftalmologia, ginecologia-obstetrícia, pediatria, psiquiatria, radiologista, anestesista, medicina geral, correspondente a cerca de 50 por cento do corpo técnico do São Francisco de Assis.
Inforpress/Fim