A Associação das Famílias e Amigos das Crianças com Paralisia Cerebral (Acarinhar) promove, a partir de terça-feira, em parceria com estruturas de saúde, acção de identificação de crianças com paralisia cerebral e outras deficiências na ilha do Fogo.
O director do hospital regional São Francisco de Assis, Evandro Monteiro, parceiro da associação nesta actividade, disse à Inforpress que o plano é abordar todas as estruturas sanitárias da região, com excepção da ilha Brava, com actividades de identificação de crianças com deficiências e actividades formativas de técnicos e de familiares das mesmas.
A Acarinhar iniciou, em Abril deste ano, um projecto-piloto de avaliação terapêutica para identificar o tipo de paralisia cerebral existente na ilha do Fogo, mas também as zonas onde vivem as crianças, as suas necessidades, sendo que esta missão vai realizar actividades nos três municípios da ilha, em estreita colaboração com as delegacias e centros de saúde.
A nível da ilha, segundo Evandro Monteiro, existem algumas crianças com paralisa cerebral, observando que agora todas as situações e os casos suspeitos são considerados uma doença de declaração obrigatória, e o hospital tem dado atenção, quer no despiste quer no acompanhamento de casos inscritos anteriores.
Para o seguimento dos casos antigos, o hospital estabeleceu, há cerca de seis meses, dias específicos para atendimentos de crianças com paralisia cerebral e outras deficientes, com isenção no pagamento no serviço de fisioterapia e de outras actividades ligadas a fisioterapia, para melhorar a capacidade motora.
“As crianças são avaliadas por pediatra e os adultos por clínicos gerais, mas o hospital dispõe de nutricionista, psicóloga, assistente social e uma equipa multidisciplinar para o apoio e abordagem mais abrangente das situações”, disse o director do hospital.
Acrescentou que esta medida foi introduzida após o primeiro contacto de Acarinhar com este estabelecimento hospitalar, no quadro do projecto de identificação da situação dos casos de paralisia cerebral e tentar desenvolver acções para melhorar.
Nesta missão, a Acarinhar traz à ilha uma equipa multidisciplinar constituída por vários profissionais, contando com técnicos de uma organização portuguesa com a qual a associação tem relações de cooperação.
Inforpress/Fim