A proposta da actualização do tarifário de táxi que devia ser analisada na sessão de Novembro da Assembleia Municipal de São Filipe foi adiada para a próxima sessão.
A proposta, submetida à Câmara Municipal de São Filipe, há mais de dois anos, pela Associação Táxi – Fogo terá assim, de aguardar para a próxima sessão para ser discutida e aprovada e posteriormente entrar em vigor.
O presidente da Assembleia Municipal, Luís Nunes, disse à Inforpress que a proposta foi retirada desta sessão para ser submetida à próxima, possivelmente na sessão extraordinária de Dezembro, para permitir aos eleitos municipais munirem-se de mais informações e dados relativos à proposta avançada pela Associação Táxi – Fogo.
A proposta, recorda-se, prevê três períodos distintos, das 06:00 às 19:30 horas, das 19:30 às 21:30 horas e das 21:30 às 06:00 horas do dia seguinte.
Para o primeiro período, a associação propõe para deslocação dentro da cidade o valor de 120 escudos e de 150 escudos nas deslocações entre hospital regional e os bairros de Congresso ou Xaguate, 400 escudos centro cidade/aeródromo e centro cidade/porto de Vale dos Cavaleiros, 500 escudos de hospital regional /aeródromo, aeródromo/Xaguate e hospital/porto e 1.000 escudos para aeródromo/porto Vale dos Cavaleiros.
Das 19:30 até as 21:30 horas a deslocação do centro de cidade para o hospital passaria a ser de 150 escudos e dos bairros para o hospital e vice-versa, 200 escudos.
Já a tarifa das 21:30 às 06:00 horas do dia seguinte passará a ser de 250 escudos nas deslocações dentro cidade e para os bairros periféricos, de 700 escudos para uma deslocação ao aeroporto e para o porto, de 1.400 do aeroporto ao porto e de 800 escudos do hospital ao porto de Vale dos Cavaleiros.
No primeiro de dois dias de trabalho, os eleitos municipais apreciaram a proposta do orçamento rectificativo da Câmara Municipal de São Filipe para o ano de 2021, que foi aprovado com votos favoráveis dos eleitos do PAICV (nove) e contra do Movimento para a Democracia – MpD (oito).
O quadro de incerteza desencadeado pela pandemia da covid-19, agravado pela seca e mau ano agrícola que aflige e compromete a economia de milhares de famílias e a necessidade de adoptar medidas de mitigação dos efeitos causados por esses factores às famílias mais vulneráveis e da promoção social foram alguns dos argumentos apresentados para rectificar o orçamento de 2021.
O presente ano tem sido um período de enormes desafios para os sectores sociais, económicos e sanitários e condicionou o ritmo de arrecadação de receitas previsionais, bem como a realização das despesas, tendo em conta a diminuição substancial e a não ocorrência de importantes transferências de receitas consignadas do Estado para o Município.
Assim o orçamento rectificativo apresenta-se como “necessário, oportuno e relevante” refere a nota justificativa, indicando que a abertura de novas rubricas, o congelamento por parte das transferências certas do poder central, tais como do Fundo do Ambiente, do Fundo do Turismo, e todas as modificações realizadas devem ser apresentadas num documento rectificativo apropriado.
Hoje os eleitos municipais vão discutir os instrumentos de gestão, plano de actividades e o orçamento, para 2022, sendo que o orçamento foi classificado pelo presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, como sendo o maior da história do município.
Inforpress/Fim