O Gabinete de Desenvolvimento Regional (GDR) da Associação dos Municípios do Fogo e Brava (AMFB) vai ser reestruturado e transformado numa agência de desenvolvimento regional, anunciou o presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva.
O também presidente em exercício da direcção da AMFB considerou que a reestruturação física do edifício que alberga o GDR já começou com a parte de arquitectura e que brevemente será lançado o concurso para a remodelação física
A informação foi transmitida à margem da cerimónia de abertura da feira de produtos “made in Fogo”, que decorre desde quarta-feira, 28, e que se enquadra nas “actividades mínimas” do Dia do Município e da Bandeira de São Filipe.
“Estamos a pedir termos de referência de equipamentos e o concurso para recrutamento dos técnicos que irão trabalhar na agência de desenvolvimento regional será lançado brevemente para ajudar os municípios do Fogo e da Brava no processo de desenvolvimento”, disse Nuías Silva.
Segundo o mesmo, é impossível desenvolver a região se não houver capacidade técnica instalada para ajudar nas áreas que a região tem vantagens comparativas.
Salientou a necessidade de as transformar em vantagens competitivas, o que só é possível com “visão, recursos qualificados na linha da frente do processo de atracção de investimento e planeamento” da ilha e da região para a sua transformação numa ilha competitiva no horizonte 2020/2030.
A reestruturação e transformação do GDR numa agência conta com o financiamento dos escritórios conjuntos do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, que inclusive já efectuou a transferência de recursos.
Além da sua transformação numa agência de desenvolvimento, com a reestruturação o espaço irá albergar, ainda este ano, o primeiro laboratório de análises de vinho, águas e outros produtos da ilha do Fogo.
“Neste momento estamos a desenvolver os termos de referências para lançamento de concurso para o fornecimento de equipamentos e a instalação do laboratório que vai servir toda a ilha do Fogo e não apenas São Filipe”, disse Nuías Silva, contando que os equipamentos do laboratório estejam instalados ainda este ano e a funcionar.
A instalação do laboratório, no dizer do mesmo, representa “um salto qualitativo” naquilo que se pretende em relação aos produtos da ilha do Fogo, nomeadamente que sejam certificados, com qualidade, mas sobretudo irá gerar poupança para as adegas e produtores privados que já não terão necessidade de recorrer a laboratórios estrangeiros ou mesmo nacionais para fazerem análises dos seus produtos.
“Isso mostra claramente a ambição da ilha do Fogo poder ser um ponto de prestação de serviços, porque qualquer outro produtor em Cabo Verde pode recorrer a este laboratório para as suas análises, desde que tenhamos as condições para o fazer”, referiu.
Para além do laboratório e com financiamento dos escritórios conjuntos das Nações Unidas, será instalado um centro de desenvolvimento empresarial e de negócios, que é uma incubadora municipal para fomentar o empreendedorismo, sobretudo na área de agro negócio, turismo e indústrias criativas e de transformação agro-alimentar.
Inforpress/Fim