As obras do projecto “Ecoturismo na piscina natural de Salinas”, iniciada em Março de 2018, está na recta final e a sua conclusão está para “muito breve”, admitiu a Embaixadora da União Europeia (UE), Sofia de Sousa.
A responsável da União Europeia em Cabo Verde reconheceu que houve alguns atrasos na execução do projecto “Ecoturismo na piscina natural de Salinas” que consiste na requalificação dos acessos e da envolvência do espaço de beleza natural dessa piscina marítima, um centro multiuso e abrigo para a recolha de botes dos pescadores.
“Tivemos alguns atrasos devido a problemas de embargo da obra com uma série de circunstâncias na implementação da parte de alguns dos parceiros”, disse a embaixadora da UE, que aproveitou a sua deslocação à ilha para participar no encerramento do projecto FATA para, juntamente com o autarca de São Filipe, visitar as obras e ver o que está a passar.
Esta indicou que estabeleceu um diálogo com o autarca e, por isso, acredita que se está na recta final e que é possível ter a conclusão da obra a breve trecho, porque, explicou, em termos de União Europeia, a partir de certo momento não se pode assegurar a continuação, sublinhando que “o momento é agora”.
O projecto adiantou estava previsto para dois anos e já passaram quatro anos e ainda está por concluir devido a uma série de situações que aconteceram e totalmente alheias à vontade dos parceiros, nomeadamente a Câmara de São Filipe, a ONG Portuguesa Esdime e a própria UE.
Sublinhou que se está a tentar contornar a situação e avançar, porque assumiu-se um compromisso com os pescadores e com a comunidade e a instituição pretende honrar como tem sido sempre na maioria dos casos dos projectos financiados.
O projecto “Ecoturismo na piscina natural de Salinas”, teve o seu inicio formal a 19 de Março de 2018 com o lançamento da primeira pedra e devia ficar concluído em Novembro do mesmo ano, mas dois meses depois do seu início a obra foi embargada pelo tribunal de São Filipe, a pedido dos proprietários de um prédio que existia no local e que foi demolido pelas autoridades municipais.
O projecto orçado em 476.666 euros (52.400 contos cabo-verdianos) foi financiado em 75 por cento (%) pela União Europeia, e tem como objectivo global a diversificação da oferta turística do Fogo.
O mesmo visa requalificar as infra-estruturas de apoio da piscina natural de Salinas para a dinamização turística e ambiental, procurando, em simultâneo, capacitar a comunidade para a dinamização económica e para a preservação ambiental deste património natural, sendo que este projecto enquadra-se no âmbito do projecto financiado pela UE, denominado “preservação e melhoria do património social, cultural e ambiental como factor de diversificação e desenvolvimento do turismo sustentável e solidário em Cabo Verde”.
Salinas é uma baía que abriga um pequeno porto de pesca e uma piscina natural desenhada pela rocha vulcânica e uma das principais referências turísticas da ilha do Fogo.
Inforpress/Fim