O plano de comercialização turística da ilha do Fogo para o biénio 2019/2021 aposta na mudança da situação actual para uma “desejada e sustentada”.
Elaborado no âmbito do projecto ecoturismo Fogo, Água, Terra, Ar (FATA), financiado pela União Europeia, esta acção promocional e de comercialização do destino turístico Fogo pretende funcionar como “mola impulsionadora para o desenvolvimento sustentável, equilibrado e igualitário”, lê-se na nota sumária do documento.
A parte introdutória refere que o plano visa abrir uma “ampla possibilidade” de interacção social e crescimento económico das comunidades locais, observando que a dinâmica promocional assenta na valorização da história e do património cultural edificado, na promoção das potencialidades naturais e numa forte aposta no turismo rural de base comunitário e solidário.
O pano de comercialização turística quer dotar o destino turístico Fogo de orientações práticas acerca do seu posicionamento e de acções estratégicas de marketing, o que passará pela melhoria da competitividade, através de qualificação das ofertas e promoção da ilha, oferecendo-a como um destino de natureza, cultural e gastronómica, além da articulação entre intervenientes da “cadeia de valor do turismo”.
O documento, que constitui uma ferramenta para operadores, define quatro prioridades, quais sejam a qualificação da oferta, trabalhar a atractividade do destino, comercialização e marketing colaborativa e alcançar os mercados alvos.
Isto tendo em conta as vantagens inerentes ao destino, como sejam o potencial de crescimento do turismo de natureza e cultura associado à hospitalidade, ao clima e à oferta comercial, por um lado e a proximidade geográfica com os mercados emissores, por outro.
A missão do plano é executar acções promocionais que proporcionam ao turista/visitante “experiencias autênticas e memoráveis, aproveitando de toda a beleza da ilha” e no quadro das estratégias, elenca um conjunto de acções que devem ser realizadas visando o aumento da competitividade do “destino turístico Fogo”.
Como “segmentos prioritários” para a formatação dos produtos competitivos e comercializáveis, o plano aponta o turismo de natureza/ecoturismo/turismo de aventura/turismo rural e o turismo cultural, de lazer e eventos.
Além disso, refere o documento, deve-se utilizar e super valorizar os produtos estratégicos como o vulcão e o Parque Natural do Fogo, para enriquecer a oferta e melhorar a qualidade dos serviços, mas também a preservação ambiental, a acessibilidade e melhoria das infra-estruturas, dos equipamentos e dos serviços.
A apresentação do produto turístico da ilha deve ser feita através da página na Internet de forma a maximizar a visibilidade e a capacidade de interacção com o potencial turista, na perspectiva de um destino “seguro e sustentável”, mas também promover a utilização de plataformas tecnológicas e a elaboração de uma estratégia de marketing digital.
Na sua parte final, o documento apresenta um plano de acção para um período de dois anos, Julho 2019 a Julho 2021, para que as metas e os objectivos propostos possam ser alcançados.
Espera-se que daqui a dois anos seja “aumentada a notoriedade” do destino turístico Fogo e a valorização do seu produto, aumentado a procura pelo produto turístico natureza/cultura, melhorado a qualidade dos serviços e enriquecido a experiência turística do visitante levando-o a regressar ao destino.
O plano de acção elenca um conjunto de propostas de actividades e calendários da sua organização visando a qualificação dos produtos, promoção nos mercados-alvo, melhoria da atractividade do destino, materialização do marketing e comercialização colaborativo.
Das acções destacam-se a formação/reciclagem de guias turísticos e prestadores de serviços, campanha de sensibilização sobre código de conduta e manual de boas práticas, workshop regional sobre qualidade versus prestação dos serviços turísticos, mesa redonda “destino turístico Fogo”, melhoria das infra-estruturas gerais e equipamentos turísticos.
Inforpress/Fim