A época futebolística 2019/20 na região desportiva da ilha do Fogo foi anulada por falta de condições para a sua retoma e conclusão em virtude da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A decisão foi tomada na manhã de hoje pela maioria dos cubes, do primeiro e segundo escalões, filiados na Associação Regional de Futebol do Fogo, durante uma assembleia-geral extraordinária convocada com o propósito de analisar a situação relativa ao encerramento da época futebolística 2019/20.
O presidente da direcção da Associação, Pedro Fernandes Pires, disse à Inforpress que das 22 equipas, sendo dez do primeiro escalão e 12 do segundo escalão, 17 marcaram presença na assembleia-geral extraordinária, mas que na altura da votação apenas 14 equipas exerceram esse direito.
Segundo o mesmo, a votação decorreu de forma secreta e a maioria dos clubes decidiram pela anulação da época futebolística 2019/20, com 11 votos a favor e três contra, o que pressupõe que não haverá campeões regionais, do primeiro e segundo escalões, não há descida e nem subida e nem vencedor da edição deste ano da Taça Fogo em futebol, incluindo também os campeonatos de sub-17 e de futebol feminino.
Algumas equipas, nomeadamente a Académica do Fogo, que liderava o campeonato regional a duas jornadas do fim da prova, e as quatro equipas do segundo escalão, nomeadamente Atlântico, Juventus de Curral Grande, Pavense e Grito Povo, tinham-se manifestado anteriormente favoráveis à retoma e conclusão das provas.
O presidente da associação indicou que nenhuma autoridade sanitária participou no encontro de hoje, mas que enviaram o protocolo, sublinhando que depois de analisado o documento sanitário ficou claro que não há condições objectivas para a realização dos jogos e consequentemente concluir a época futebolística e ter campeões regionais e vencedor da taça.
Para a conclusão das provas regionais, no campeonato regional do primeiro escalão faltavam realizar os jogos das duas últimas jornadas e com a equipa da Associação Académica do Fogo na frente da classificação, no segundo escalão faltavam os jogos das seis jornadas da segunda fase que é disputada entre as duas melhores equipas dos dois grupos e num sistema de todos contra todos a duas voltas e com relação à edição da Taça Fogo, faltava disputar a final entre as equipas do Vulcânico e do Botafogo.
Dos clubes mais prejudicados com a anulação da época futebolística, consta a Académica do Fogo que fica impossibilitado de revalidar o título regional de 2018/19 e de conquistar assim o seu 15º título após a independência nacional, mas também as quatro equipas do segundo escalão que tinham possibilidades, pelo menos de duas delas, de no próximo ano disputar o campeonato do primeiro escalão.
No polo oposto estão as equipas do ABC de Patim, que estava virtualmente despromovida, e Cutelinho que também estava embalado para o segundo escalão, mas com anulação da época ganham o direito de continuarem no primeiro escalão.
Inforpress/Fim