quinta-feira, 28 março 2024

A dois quilómetros, aproximadamente, a sudoeste da Cidade de São Filipe, encontra-se um areal negro de rara beleza que fascina e envolve qualquer visitante não só pela tranquilidade que ali se respira mas, sobretudo, pela comunhão íntima com a natureza: a este, as falésias a pique parecem assumir as proporções de uma gigantesca e intransponível muralha; a oeste o mar, límpido e tranquilo, esbate-se mansamente sobre a areia vulcânica: assim é a Praia de Nossa Senhora de Encarnação, o primeiro porto natural da ilha, lugar de desembarque de escravos e de partida dos contratados para São Tomé, hoje, apenas praia sazonal de pescadores e recanto de uns poucos privilegiados.

Estendendo-se por quase um quilometro e mais de 150 metros de largura, é também lugar de desova das tartarugas e de frequência habitual de várias espécies de aves marinhas cuja nidificação ocorre nos ilhéus defronte. Basta um simples contornar no sentido norte, para que do alto das suas falésias, a Cidade de São Filipe se aviste, debruçando-se sobre a Praia de Fonte Vila de idêntica beleza que conjuga, na perfeição com a imponência dos sobrados que lhe é sobranceira. Delimitada por duas ribeiras – Trindade ao Norte e São João, ao Sul – é também lugar de culto das principais “Bandeiras de Santo” que para ali convergem para rituais diversos, em particular, o “Canizade”.

Lugar cheio de histórias, lendas e crenças é por tudo isso uma das referências culturais da cidade e da própria ilha.

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Um espaço privilegiado de convívio, de diálogo, de divulgação de opiniões acerca de tudo o que tem a ver com a Ilha do Fogo; um canal de ligação e de “mata sodadi” de todos os foguenses espalhados pelo mundo fora e que se preocupam com o desenvolvimento do seu torrão natal. (Editorial)